"Havia mísseis a caminho" mas Marcelo, que estava com Zelensky, não teve "medo" - teve foi vontade de anunciar um convite especial ao presidente da Ucrânia - TVI

"Havia mísseis a caminho" mas Marcelo, que estava com Zelensky, não teve "medo" - teve foi vontade de anunciar um convite especial ao presidente da Ucrânia

"Medo? As coisas são como são." Presidente da República fez ainda uma revelação sobre parte do que vai tratar com Zelensky esta quinta-feira e contou uma curiosidade sobre o paradeiro da Presidente da Hungria

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Ouve-se uma sirene durante uma conferência em que estão Marcelo Rebelo de Sousa e Volodymyr Zelensky. Pela primeira vez na Ucrânia desde o início da guerra, o Presidente da República estranhou o ruído. Rapidamente o homólogo ucraniano esclareceu-o: “É sinal de que havia mísseis a caminho”.

A história foi contada pelo próprio Marcelo Rebelo de Sousa, que participava na cimeira “Plataforma Crimeia”, em Kiev. Questionado pelos jornalistas que o acompanham na viagem à Ucrânia, o Presidente da República confessou que nunca tinha estado numa situação assim mas garantiu que não teve medo.

“Medo? As coisas são como são. Não há razão para medo, tem havido uma capacidade de resposta integral e de cobertura por parte da Ucrânia. É mais a preocupação dos seguranças quanto ao local onde os mísseis intercetados têm os seus destroços a cair”, explicou, desvalorizando o caso.

Trata-se, portanto, de uma questão de precaução, com Marcelo Rebelo de Sousa a fazer mesmo uma revelação: “A presidente da Hungria está há que tempos no bunker deste hotel”. Algo que não podia acontecer com a comitiva portuguesa, onde também está o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, porque o hotel é outro.

Tal como no discurso que teve à margem da cimeira, o Presidente da República voltou a “reafirmar” a posição portuguesa sobre a península da Crimeia, garantindo que Portugal defende que aquele território faz parte da Ucrânia, não devendo ser uma questão separada da restante invasão, até porque os ucranianos entendem que essa invasão começou em 2014, precisamente quando aquele território foi anexado pela Rússia.

“Na linha do que o presidente Zelensky tinha dito, estão em causa valores e princípios do direito internacional que têm rostos, têm caras, pessoas concretas de carne e osso”, vincou. Sobre as palavras do presidente ucraniano, que disse que todos os países presentes pediam a saída russa do território ucraniano, Marcelo Rebelo de Sousa acompanhou essa afirmação, falando em território ocupados "ilegitimamente".

Para esta quinta-feira fica por tratar uma outra questão: a eventual visita de Zelensky a Portugal, com o Presidente da República a esperar que existam "vários momentos" para falar de uma hipotética ida do presidente ucraniano a Portugal.

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