NATO avança com novo pacote de apoio à Ucrânia, Portugal contribui com um milhão de euros - TVI

NATO avança com novo pacote de apoio à Ucrânia, Portugal contribui com um milhão de euros

Ministro dos Negócios Estrangeiros português acusa ainda a Rússia de novo crime de guerra

O ministro João Gomes Cravinho, em declarações à margem de um encontro da NATO em Bucareste (Roménia), garantiu que a Aliança Atlântica vai continuar a fornecer apoio à Ucrânia, nomeadamente no que toca à restauração de infraestruturas civis, através de "um pacote de assistência abrangente". Portugal vai oferecer uma "contribuição extraordinária de um milhão de euros". 

Questionado sobre se o Governo vai enviar equipamentos de apoio energético para a Ucrânia - como por exemplo geradores -, João Gomes Cravinho disse que essa hipótese estava em análise. "Estamos a estudar essa possibilidade. Existe neste momento uma escassez generalizada no mercado de geradores em função da elevada procura, justamente para fazer face à destruição provocada pela Rússia. Portugal vai dar um contributo extraordinário para o pacote de assistência abrangente. Demos hoje a indicação de que avançaremos com uma contribuição extraordinária de um milhão de euros." 

O ministro português referiu que, ao longo destes dois dias de reuniões da Aliança Atlântica, "houve afirmações de grande convergência de unidade e de determinação, no sentido de deixarmos bem claro para a Rússia que a NATO continuará a apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário". Relativamente ao apoio militar, Gomes Cravinho disse que Portugal está "constantemente a rever as suas possibilidades": "Ao longo da duração da guerra iremos, com certeza, reforçar o nosso apoio". 

"Danificar infraestruturas civis e elétricas é um crime de guerra"

Nestas mesmas declarações aos jornalistas, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal acusou a Rússia de cometer crimes de guerra contra a população ucraniana. 

"A Rússia tem concentrado sobretudo os seus ataques contra a população civil, procurando danificar infraestruturas civis e elétricas, no sentido de tentar criar condições o mais difíceis possíveis para a população civil. É um crime de guerra, mais um crime de guerra."

João Gomes Cravinho afirmou que a Rússia, desde o início da guerra, tem "denotado grande indiferença e desprezo pelo direito internacional". 

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