"Quando o conflito na Ucrânia terminar, teremos uma Rússia ferida, vingativa e brutal", alerta líder militar britânico - TVI

"Quando o conflito na Ucrânia terminar, teremos uma Rússia ferida, vingativa e brutal", alerta líder militar britânico

  • Agência Lusa
  • ARC
  • 27 mai 2023, 17:25
Vladimir Putin faz discurso sobre o Estado da Nação (AFP via Getty Images)

Mike Wigston salienta que, além das capacidades aéreas, marítimas e submarinas russas, existem inúmeras pessoas na Rússia que esperam poder assumir as rédeas do país e que "poderiam ser igualmente brutais e perversos"

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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Britânicas, Mike Wigston, alertou que a Rússia vai tornar-se mais vingativa se for derrotada na guerra na Ucrânia e representará uma ameaça direta para Londres.

Em declarações ao jornal The Telegraph, Wigston destacou as capacidades aéreas, marítimas e submarinas das Forças Armadas Russas, algo em que não só as autoridades britânicas, mas também a Aliança Atlântica, devem manter o seu foco.

"Quando o conflito na Ucrânia terminar e a Ucrânia restaurar as suas fronteiras, como deve, teremos uma Rússia ferida, vingativa e brutal, cujos meios para nos prejudicar são ataques aéreos, ataques com mísseis e ataques submarinos", alertou Wigston.

Da mesma forma, o alto comando militar alertou que o problema não é apenas o presidente russo, Vladimir Putin, já que na Rússia existem inúmeras pessoas que esperam poder assumir as rédeas do país e que "poderiam ser igualmente brutais e perversos".

"Putin é um ditador que está preparado para travar uma guerra brutal em nome do que a Rússia, na cabeça dele, deveria ser", afirmou.

As declarações de Wigston, que deixará o cargo no próximo mês, lembram as posições defendidas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, durante os primeiros tempos da guerra na Ucrânia, quando pediu uma solução sem "humilhar a Rússia".

O presidente francês surgiu então como o principal promotor de uma solução diplomática para o conflito.

Recentemente, durante uma viagem à China, Macron defendeu que Pequim usasse a sua influência sobre Moscovo para avançar em direção à paz.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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