Volodymyr Zelensky deslocou-se esta quinta-feira ao Capitólio, onde se encontrou com membros da Câmara dos Representantes e do Senado dos Estados Unidos.
A deslocação do presidente ucraniano é de particular importância, uma vez que há uma crescente tendência no Partido Republicano para apoiar o corte do financiamento da Ucrânia.
Após a primeira reunião, com membros da Câmara dos Representantes, o líder da câmara baixa do Congresso, o republicano Kevin McCarthy, que se tem mostrado cético em relação à continuação do apoio militar a Kiev, detalhou um pouco da conversa que teve com o chefe de Estado ucraniano.
Zelensky informou o responsável político que a Ucrânia necessita de aviões de combate e de artilharia de longo alcance capaz de atingir posições na Crimeia ocupada.
McCarthy afirmou aos jornalistas que os Estados Unidos “não enviariam as suas tropas para combate" nas condições em que a Ucrânia manda os seus combatentes, sem apoio aéreo.
Após esta reunião, Zelensky teve novo encontro, desta vez com os membros do Senado. À saída, agradeceu aos senadores pelo apoio prestado.
"Estamos gratos a vós, aos jornalistas, aos senadores e a todos os outros por nos terem ajudado. Tivemos uma conversa muito detalhada e um grande diálogo", disse Zelensky, sem contar mais pormenores.
Também Chuck Schumer, líder da maioria democrata no Senado, falou sobre a reunião à imprensa, explicando que Zelensky alertou os congressistas para os perigos da interrupção do financiamento.
"Há uma única frase que resume tudo, e estou a citá-lo textualmente, o Sr. Zelensky disse: 'se não recebermos a ajuda, vamos perder a guerra'. É uma citação dele", contou Schumer, citado pela CNN Internacional.
Zelensky deslocou-se posteriormente ao Pentágono, onde se encontrou com Lloyd Austin, secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos. Para esta quinta-feira está também previsto um encontro com o presidente Joe Biden na Casa Branca.