Ucrânia e Rússia realizaram esta segunda-feira uma nova troca de prisioneiros de guerra.
O Kremlin foi o primeiro a anunciar este novo desenvolvimento. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 106 soldados russos regressaram a casa após “intensas” negociações.
"Os militares libertados serão transportados para Moscovo pela Força Aérea Russa, para serem submetidos a tratamento e reabilitação em instituições médicas do Ministério da Defesa", pode ler-se na publicação partilhada no Telegram.
Do outro lado, Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky, anunciou a libertação de 100 soldados ucranianos.
"Levámos a cabo outra grande troca de prisioneiros. Regressaram a casa 100 pessoas do nosso povo", escreveu o responsável no Twitter.
Нам вдалося провести черговий великий обмін полоненими. Повертаємо додому 100 наших людей – це військові, моряки, прикордонники, нацгвардійці.
Наші – вдома. І ми повернемо всіх. Бо люди – головна цінність України. pic.twitter.com/XXPJi0ycu9
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) April 10, 2023
De acordo com o canal RBC Ucrânia, alguns dos soldados agora libertados participaram na defesa da cidade de Mariupol e da fábrica Azovstal.
Desde o início do conflito, os dois países já trocaram mais de dois mil prisioneiros de guerra. A primeira troca aconteceu a 17 de março de 2022, quando o autarca de Melitopol, Ivan Fedorov, foi devolvido à Ucrânia. Em sentido contrário, nove soldados regressaram à Rússia.
A maior troca de prisioneiros de guerra aconteceu em setembro, quando a Rússia devolveu 215 combatentes leais à Ucrânia, incluindo dez estrangeiros e comandantes das forças que lideraram a defesa de Mariupol, em troca de 55 soldados russos e pró-russos e Viktor Medvedchuk, político ucraniano que enfrentava acusações de traição pelas suas ligações ao Kremlin.