Ucrânia fala em crime de guerra e genocídio após ser divulgado vídeo de soldado morto a sangue-frio - TVI

Ucrânia fala em crime de guerra e genocídio após ser divulgado vídeo de soldado morto a sangue-frio

Combates em Vuhledar (imagem Getty)

Serviços secretos já abriram uma investigação ao caso e o ministro dos Negócios Estrangeiros fala numa prova de genocídio

“Glória à Ucrânia!”. E depois morreu. Há uma figura que se está a tornar num autêntico herói da resistência ucraniana e que, para muitos, é mais uma prova de que estão a ser cometidos crimes de guerra na Ucrânia.

Um soldado ucraniano foi morto a sangue-frio com vários tiros daquilo que parecem ser armas automáticas. A cena foi filmada e partilhada por vários grupos pró-russos. Antes de morrer o homem, com aparente calma, puxou de um cigarro, deitou fora o fumo e repetiu o conhecido slogan de apoio a Kiev. Seguiu-se uma bateria de tiros com o homem já no chão, morto.

Um caso que já ecoou por toda a Ucrânia e que levou as mais altas figuras políticas a reagir. Entre elas o ministro dos Negócios Estrangeiros, que apelou à intervenção do Tribunal Penal Internacional, defendendo que estamos perante uma “prova de que esta guerra é genocida”.

“É imperativo que [o procurador] Karim Khan abra uma investigação imediata [do Tribunal Penal Internacional] a este crime hediondo”, acrescentou Dmytro Kuleba, pedindo que “os autores enfrentem a justiça”.

A atuação ucraniana já acontece ao mais alto nível, com o comissário de Direitos Humanos do país a ter anunciado que enviou o vídeo para os “parceiros internacionais”. Dmytro Lubinets defende que houve uma violação das convenções de Genebra, pedindo que os autores do crime não escapem às responsabilidades.

Já o presidente ucraniano começou por deixar uma mensagem com uma fotografia a negro em que se leem três frases: “Glória ao herói! Glória aos nossos heróis! Glória à Ucrânia”.

Volodymyr Zelensky, no seu habitual discurso noturno, classificou este caso de “assassínio brutal”, prometendo que os autores do crime serão apanhados.

Os serviços secretos da Ucrânia já registaram este caso e a Procuradoria-Geral abriu um processo.

A Ucrânia já acusou por várias vezes a Rússia de cometer crimes de guerra em solo ucraniano, desde a utilização de armas químicas como fósforo branco ao assassínio brutal de soldados e civis.

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