Preço das casas sobe 14,4% para 1.484 euros/m2 em 2022 - TVI

Preço das casas sobe 14,4% para 1.484 euros/m2 em 2022

  • Agência Lusa
  • FM
  • 21 abr 2023, 13:50
Vista aérea de casas em Alfama, Lisboa (Martin Zwick/Getty Images)

O preço mediano de alojamentos familiares em Portugal aumentou 14,4%, para 1.484 euros por metro quadrado em 2022, face a 2021, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística

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O preço mediano de alojamentos familiares em Portugal aumentou 14,4%, para 1.484 euros por metro quadrado (€/m2) em 2022, face a 2021, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Tomando como referência as vendas efetuadas durante os 12 meses entre janeiro e dezembro de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.484 €/m2 , aumentando 2,6% relativamente ao ano acabado no trimestre anterior e 14,4% relativamente ao ano acabado no trimestre homólogo”, avança o INE.

De acordo com o instituto estatístico, no ano passado, o preço mediano da habitação manteve­se acima do valor nacional nas sub­regiões do Algarve (2.339 €/m2 ), Área Metropolitana de Lisboa (2.096 €/m2 ), Área Metropolitana do Porto (1.607 €/m2 ) e Região Autónoma da Madeira (1.571 €/m2 ).

No período em análise, 47 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub­regiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (17 em 18 munícipios).

O município de Lisboa (3.872 €/m2) registou o preço mais elevado do país, tendo-se verificado também valores superiores a 2.750 €/m2 em Cascais (3.473 €/m2), Oeiras (3.001 €/m2) e Loulé (2.910 €/m2).

A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve apresentaram diferenciais de preços entre municípios superiores a 2.000 €/m2, detalha ainda o INE.

No ano passado, Lisboa registou o preço mediano da habitação mais elevado entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: 3.768 €/m2 por compradores do território nacional e 5.367 €/m2 por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro.

Para além de Lisboa, também Cascais, Oeiras e Porto, registaram, simultaneamente, preços medianos de alojamentos familiares superiores a 2.500 €/m2 em transações envolvendo compradores com domicílio fiscal em território nacional e superiores a 3.500 €/m2 por compradores no estrangeiro.

O INE refere que os municípios de Lisboa, Cascais, Oeiras e Porto “distinguiram-se também por apresentarem os preços medianos mais elevados, entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, nas duas categorias do setor institucional do comprador consideradas”.

Os municípios de Vila Franca de Xira, Lisboa e Loures, da Área Metropolitana de Lisboa, apresentaram diferenciais de preços entre setores institucionais do comprador superiores a 600 €/m2.

Considerando apenas o quarto trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1.500 €/m2, mais 10,7% do mesmo período de 2021 (+13,5% no trimestre anterior).

O preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 22 sub-regiões NUTS III, destacando o INE os crescimentos no Alentejo Litoral (+22,6%), Região Autónoma da Madeira (+18,9%), Aveiro (+18,3%) e Médio Tejo (+17,2%).

As quatro sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados - Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto - apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador.

Nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em 75,6% e 64,3%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.

Os dados hoje divulgados evidenciam ainda que, entre outubro e dezembro de 2022, ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em 14 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (12 no terceiro trimestre de 2022), destacando-se, com decréscimos superiores a 10 pontos percentuais, Barcelos (-19,2 pontos percentuais), Maia (-16,5 pontos percentuais) e Matosinhos (-11,6 pontos percentuais.). No município de Lisboa o recuo foi de 0,3 pontos percentuais.

Em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga em 10 municípios, evidenciando-se Santa Maria da Feira (+11,3 pontos percentuais), Vila Franca de Xira (+7,8 pontos percentuais) e Guimarães (+7,7 pontos percentuais), enquanto o município do Porto registou um acréscimo de 0,8 pontos percentuais.

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