As famílias portuguesas resgataram 611,68 milhões de euros dos Planos Poupança-Reforma (PPR) até junho, para fazer face ao agravamento dos custos com o crédito à habitação, aproveitando a suspensão da penalização por resgate antecipado destes produtos, noticia esta sexta-feira o Jornal de Negócios.
De acordo com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), apesar de não ser feita uma recolha de dados específicos sobre os resgates abrangidos pelo regime temporário, a evolução da atividade seguradora revela que os resgates efetuados no primeiro semestre de 2023 dispararam 61,4% face ao período homólogo.
A maior fatia do montante resgatado, quase 507 milhões de euros, diz respeito aos produtos mais clássicos — os seguros PPR não ligados, tradicionalmente mais conservadores e com capital garantido. Já dos seguros PPR ligados, mais arriscados e com maior exposição aos mercados financeiros, foram retirados 104,7 milhões de euros, segundo os dados do regulador dos seguros.