Autoridades já tinham recebido denúncia anónima sobre atirador de Hamburgo. Suspeito estava legalmente autorizado a portar armas de fogo - TVI

Autoridades já tinham recebido denúncia anónima sobre atirador de Hamburgo. Suspeito estava legalmente autorizado a portar armas de fogo

  • CNN Portugal
  • CF
  • 10 mar 2023, 15:14
Polícias cercam igreja após ataque em Hamburgo (Daniel Bockwoldt/AP)

Homem de 35 anos terá abandonado a comunidade Jeová há cerca de 18 meses, embora "não nas melhores circunstâncias"

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Pelo menos oito pessoas morreram após um ataque em Hamburgo, incluindo o próprio atirador. A polícia revela agora que o suspeito já tinha sido investigado após uma denúncia anónima mas que não foram encontrados motivos para a apreensão da arma de fogo utilizada no ataque.

Em conferência de imprensa, o chefe da polícia de Hamburgo, Ralf Martin Meyer, detalha que 50 pessoas estariam presentes num evento de Testemunhas de Jeová quando o atirador entrou no edifício e disparou fatalmente contra sete pessoas: quatro homens, duas mulheres e ainda um feto do sexo feminino. A mãe da criança sobreviveu.

O atacante, que se suicidou após a chegada da polícia ao local, foi identificado pelas autoridades como "Philipp F.", um homem de 35 anos que teria pertencido à comunidade Jeová. O homem terá abandonado o grupo religioso há cerca de 18 meses - mas "não nas melhores circunstâncias, aparentemente". De acordo com Ralf Martin Meyer, os motivos do ataque são ainda desconhecidos, embora as autoridades tenham descartado motivos políticos e admitam possíveis problemas de saúde mental.

O atacante possuía autorização para porte de armas semiautomáticas desde dezembro do ano passado e já tinha sido investigado pelas autoridades após uma denúncia anónima de que não reunia condições para ter armas de fogo. No entanto, a operação não detetou a infração de qualquer regra. Apesar de não ter registo criminal, o nome do suspeito já figurava nos registos da polícia de Hamburgo por ter denunciado "suspeitas de fraude". 

O ministro do Interior da cidade de Hamburgo, Andy Grote, lamentou este ataque sem precedentes em Hamburgo e elogiou a rápida atuação da polícia, que permitiu evitar um número de vítimas ainda mais elevado. Em conferência de imprensa, também o chefe da polícia disse estar "chocado face a este terrível ato de violência" e expressou condolências às famílias das vítimas. 

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