Uma denúncia bastou para a vice-ministra da defesa, Hanna Maliar, assegurar que todo e qualquer caso de assédio sexual no Exército ucraniano será levado a tribunal. A garantia surgiu depois de Nadiya Haran, com o cargo de sargento de pelotão, ter revelado que se sentiu forçada a pedir transferência depois de ter denunciado casos de assédio sexual que envolvem oficiais superiores.
Segundo o The Guardian, Hanna Maliar promete ajudar encontrar os comandantes do exército que são acusados de assédio sexual e a levá-los a tribunal.
As denúncias que foram chegando revelam que as mulheres que estão no Exército são coagidas a ter relações sexuais com comandantes, caso contrário, os seus maridos e namorados são enviados para a frente de combate como consequência. Mas há mais, diz o jornal britânico: ao governo ucraniano chegaram também denúncias de ameaças de envio para unidades psiquiátricas de quem revelasse tais casos de assédio.
A vice-ministra da defesa vai agora encontrar-se com Nadiya Haran para ficar a par de todas as denúncias, prometendo proteção às mulheres que queiram revelar os seus testemunhos.
“Eu peço a todas as mulheres nas Forças Armadas que me escrevam uma declaração. Vou entrar em contato com a polícia e trazer a polícia pela mão para investigar isto. Deem-me todas as informações, entrarei em contato pessoalmente com a polícia. Estas coisas são inaceitáveis; uma mulher não pode ser tratada assim. Eu irei proteger-vos”, disse a governante.
De acordo com o The Guardian, são cerca de 60 mil as mulheres que fazem parte das Forças Armadas Ucranianas, estando cinco mil na linha da frente do combate.