Hipertensão aos 30 pode trazer esta complicação aos 70 (e não é no coração) - TVI

Hipertensão aos 30 pode trazer esta complicação aos 70 (e não é no coração)

  • CNN Portugal
  • DCT
  • 17 abr 2023, 08:00
Hipertensão (Pexels)

Estudo revela que os homens são mais vulneráveis a este “efeito colateral”

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Ter a tensão arterial alta aos 30 anos está associado a uma pior saúde cognitiva a partir dos 70 anos. Um estudo recente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, diz que a hipertensão no início da vida adulta está associada a uma redução significativa do volume da massa cinzenta do cérebro.

“Os cientistas descobriram que o grupo de pressão alta tinha volumes cerebrais regionais significativamente mais baixos e uma pior integridade da substância branca. Ambos os fatores estão associados à demência”, lê-se no site da universidade americana.

A hipertensão foi associada, então, a mudanças cerebrais em determinadas partes do cérebro, mais concretamente a massa cinzenta e o córtex frontal, sendo que ambos viram o seu tamanho diminuir.

O estudo permitiu ainda perceber que este “efeito colateral” da tensão arterial alta é mais notório nos homens do que nas mulheres, podendo o estrogénio pré-menopausa ser um escudo-protetor para o sexo feminino.

“Este estudo mostra a verdadeira importância dos fatores de risco no início da vida e que, para envelhecer bem, a pessoa precisa cuidar de si mesma ao longo da vida – da saúde do coração e da saúde do cérebro”, diz Rachel Whitmer, professora no departamento de Ciências de Saúde Pública e Neurologia e uma das autoras do estudo.

A investigação, publicada na revista científica JAMA Network Open, teve por base a comparação de exames cerebrais obtidos por ressonância magnética. No estudo participaram 427 adultos com hipertensão aos 30 e 40 anos e adultos com a tensão arterial dentro dos valores considerados normais e saudáveis. Os dados dos participantes foram recolhidos entre 1964 e 1985 e as ressonâncias magnéticas realizadas entre 2017 e 2022.

A hipertensão arterial, lê-se no site do Serviço Nacional de Saúde, “caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias acima dos valores considerados normais que ocorre de forma crónica”. Por norma, é detetada quando os valores da pressão máxima são superiores a 140 mmHg e a pressão mínima acima de 90 mmHg.

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