Prisão perpétua para médica italiana que tratava cancro com ultrassons e radiofrequência - TVI

Prisão perpétua para médica italiana que tratava cancro com ultrassons e radiofrequência

Alba Veronica Puddu. Imagem do vídeo de Le Iene

Juízes consideraram que os tratamentos administrados pela médica aceleraram a morte dos seus pacientes

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Uma médica italiana, que tratava doentes de cancro com ultrassons e radiofrequência, foi condenada a prisão perpétua com isolamento diurno, pelo Tribunal de Cagliari, informa a imprensa italiana. Uma pena bastante mais dura do que os 24 anos pedidos pelo Ministério Público.

Os juízes consideraram que os tratamentos administrados pela médica aceleraram a morte dos seus pacientes. 

Alba Veronica Puddu, de 52 anos, foi acusada de homicídio voluntário agravado, pela morte de um dos seus pacientes, Fiorenzo Fiorini, que morreu no seu consultório, pouco depois de esta o ter tranquilizado, como contou o primo da vítima no programa Le Iene, escreve o La Stampa.

A médica, que não estava presente no momento da leitura da sentença, foi também considerada culpada de aproveitamento de pessoas com incapacidade e fraude.

“Nunca proibi ou desencorajei os meus pacientes de recorrerem a tratamentos tradicionais, como radioterapia e quimioterapia”, referiu a médica, em tribunal, acrescentando: “Tudo o que fizeram foi por livre vontade. Sempre expliquei aos meus doentes que os meus tratamentos não eram tratamentos contra o cancro, mas sim terapias contra a dor. Expliquei sempre as vantagens e desvantagens de se submeterem a tais tratamentos.”

As famílias de três dos seus doentes, Davide Spanu, Franco Garau e Fiorenza Fiorini, que suspenderam os tratamentos e seguiram as suas indicações, apresentaram uma ação civil contra Puddu. A médica apontou em tribunal que todos eles se encontravam em fase terminal da doença.

Puddu começou a ser investigada depois da transmissão de uma peça televisiva no programa Le Iene, em 2017. No ano seguinte, segundo a Rai News, um juiz proibiu-a de exercer Medicina. Isto depois de ter sido sujeita a um processo disciplinar pela ordem dos médicos.

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