Hospitais vão ter estrelas - TVI

Hospitais vão ter estrelas

  • Portugal Diário
  • 19 jul 2007, 10:26

Sistema de classificação será semelhante ao que se usa para os hotéis

Os serviços de saúde poderão vir a ser avaliados e classificados através de um sistema de estrelas semelhante ao que se usa para os hotéis, uma medida que a Entidade Reguladora de Saúde (ERS) quer aplicar já em 2008.

A criação de «ratings» dos hospitais e clínicas públicos e privados com estrelas como as dos hotéis é, de acordo com a edição de hoje do Diário Económico, uma das principais medidas que a ERS quer aplicar.

«Queremos avaliar todos os cuidados de saúde públicos, privados e sociais, sem qualquer distinção», disse Álvaro Almeida, presidente da ERS, anunciado que os primeiros «ratings» deverão sair já em 2008 e que o sistema de avaliação já está a ser implementado.

O presidente da entidade, que falava no Porto durante um seminário sobre as novas perspectivas para o sector da saúde, considerou ainda que o sistema de zero a cinco estrelas, que já existe no Reino Unido e Estados Unidos, «é uma forma simplificada que tem algumas vantagens».

Álvaro Almeida defendeu ainda que o Sistema de Avaliação da Qualidade dos Serviços de Saúde seja aplicado de forma faseada com a discussão pública dos métodos de avaliação, sendo para já certo que os indicadores escolhidos deverão ter em consideração a satisfação dos doentes.

Os resultados da avaliação deverão ser publicados no site da ERS, de acordo com o Plano de Actividades da reguladora, que segundo o DE, já foi aprovado pelo Ministro da Saúde.

Classificação permite maior transparência

O presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Manuel Delgado, considerou que a classificação por estrelas dos hospitais à semelhança dos hotéis tornará mais transparentes os níveis de qualidade global dos serviços de saúde.

Manuel Delgado afirmou à agência Lusa que a medida tem «aspectos interessantes e positivos» por introduzir «maior transparência» ao nível da qualidade global dos serviços de saúde.

O responsável acredita que, apesar de o sector público de saúde não dar grande liberdade de escolha aos utentes fora da sua área de residência, a existência de rankings irá estimular alguma competitividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

«Cada vez mais o sector público (da saúde) tem eliminado as barreiras geográficas no atendimento às pessoas. A situação não é hoje tão crítica como há seis ou sete anos, mas se houver liberdade de circulação os rankings serão mais eficazes» para os utentes, disse.
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