Novas tabelas de IRS: Retenções diminuem, mas reembolsos também - TVI

Novas tabelas de IRS: Retenções diminuem, mas reembolsos também

  • Vasco Rosendo
  • 1 mai 2023, 13:34
Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) já começou a reembolsar os contribuintes. (Pexels)

As novas tabelas entram em vigor já em julho e refletem uma alteração na forma como é cobrado o imposto mensalmente

As novas tabelas de retenção do IRS chegam já em julho. Os contribuintes vão reter menos imposto ao estado todos os meses, mas, no acerto de contas, também vão ter menos reembolso. Por exemplo, quem ganhe mil euros, vai pagar todos os meses menos 10 euros.

As novas tabelas de retenção refletem uma alteração na forma como é cobrado o imposto mensalmente. Passa a ser seguida a lógica de taxa marginal, que é efetuada através da conjugação da aplicação de uma taxa sobre o rendimento mensal com a dedução de uma parcela a abater.

De acordo com os exemplos calculados pela PWC para a TVI e CNN Portugal, um solteiro que ganhe 1000 euros brutos por mês vai pagar menos 79 euros de impostos este ano. Na retenção mensal, entregará ao Estado menos 10,19 euros. Mas quanto entregar o IRS, receberá de reembolso menos 63,52 euros do que os 160 que recebeu este ano.

Para um casado com rendimento de 1500 euros mensais, a redução de impostos é de 283 euros. Vai pagar ao Estado todos os meses menos 23 euros, mas, no final, o reembolso encolhe 40 euros face aos 620 euros a que tem direito este ano.

Num contribuinte casado com dois filhos, a redução de imposto é maior - quase 564 euros. Com as novas tabelas, paga menos 52 euros por mês, mas o reembolso vai encolher quase 170 euros face aos 1200 que recebia até agora.

Finalmente um exemplo, em que o reembolso aumenta substancialmente, para um contribuinte casado com 3 mil euros de rendimento e três filhos, na retenção vai pagar apenas menos 4 euros por mês, mas depois duplica o reembolso e vai passar a receber mais 489 euros quando for feito o acerto de contas.

As Finanças dizem que o novo método de retenção é mais justo e permite reduzir aquilo que os contribuintes na pática emprestam ao Estado todos os meses e que o Estado só devolve meses depois.

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