A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quinta-feira ter detido um homem de 48 anos suspeito da prática, em contexto de vingança, de dois crimes de incêndio florestal, em maio último, no concelho de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra.
Em comunicado, a PJ informa que, através da Diretoria do Centro e com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural do Centro, deteve na quarta-feira o suspeito, residente no concelho de Cantanhede, “pela presumível prática de dois crimes de incêndio florestal, ocorridos por volta das 14:00 dos dias 18 e 24 de maio”, em localidades do concelho de Montemor-o-Velho.
“O suspeito, num contexto de vingança, com uso de chama direta (fósforos), ateou os incêndios num misto de zona urbana e florestal, com vasta mancha florestal com centenas de hectares de pinheiro-bravo e eucalipto, com continuidade vertical e horizontal, que teria proporções mais gravosas caso não tivesse havido uma rápida e decisiva intervenção dos meios de combate”, adianta o comunicado.
Segundo a PJ, a atuação do suspeito, que deverá ser presente hoje a primeiro interrogatório judicial, “colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e a grande mancha florestal”.
Fonte da PJ disse à agência Lusa que o arguido agiu num quadro de vingança por entender que “tem direito à herança do alegado pai”.
“Há uns tempos, segundo informação não confirmada, foi condenado por ter vendido pinheiros e outras árvores como se fossem dele”, explicou esta fonte, referindo que os fogos foram ateados nas “propriedades que integram a tal herança”.