Atrasos no envio de ambulâncias e "dezenas" de chamadas em espera: situação no INEM "é muito mais grave do que o que tem vindo a público" - TVI

Atrasos no envio de ambulâncias e "dezenas" de chamadas em espera: situação no INEM "é muito mais grave do que o que tem vindo a público"

  • Agência Lusa
  • BCE
  • 16 jul 2024, 20:41

O alerta é do presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), que pede medidas "para ontem", advertindo que "a emergência médica em Portugal "está hoje em pré-colapso"

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O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) alertou esta terça-feira que a situação no INEM “é muito mais grave do que o que tem vindo a público” e admitiu a convocação de uma greve.

“A situação no INEM é muito mais grave, infelizmente, do que o que tem vindo a público. Nós recebemos denúncias diárias de atrasos superiores a uma hora e a duas horas só no envio de ambulâncias. Diariamente estão várias dezenas de chamadas nas centrais do INEM para serem atendidas à espera de uma resposta, o que tem consequências diretas na vida e, infelizmente, na morte dos portugueses”, afirmou Rui Lázaro, após uma reunião com a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, na sede do partido, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Rui Lázaro alertou que “ou se inicia já esta retoma, este inverter da degradação que se tem verificado, ou as consequências vão piorar nos próximos dias”.

“Estamos numa altura de verão, numa altura em que os serviços de emergência médica são muito solicitados. As medidas são para ontem, porque amanhã pode já ser tarde”, alertou.

O responsável avisou que a emergência médica no país “está hoje em pré-colapso” e que o sindicato ainda não avançou com uma greve “numa tentativa de não piorar” a situação.

Para este sindicato é importante que “a tutela, nomeadamente através do reforço e da valorização da carreira de técnico de emergência pré-hospitalar, possa dar um sinal que seja suficientemente atrativo para atrair os técnicos” para os concursos.

“Os últimos concursos ficaram praticamente vazios. Não há melhora no tempo de resposta das ambulâncias, nem diminuição das chamadas de espera nas centrais, se a carreira destes técnicos não for valorizada. Portanto, será uma questão de tempo até agendarmos greve se nada for feito nos próximos dias, nas próximas semanas”, frisou.

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