O sistema informático do INEM registou esta quinta-feira falhas em todo o país, obrigando os técnicos de emergência pré-hospitalar a trabalhar à moda antiga, ou seja, através de telefones e folhas de papel e canetas, apurou a CNN Portugal.
"Verificou-se durante a manhã de hoje uma falha nos sistemas informáticos do INEM que abrangeu os 4 CODU. Os profissionais do INEM acorreram de forma célere, de modo a reforçar as equipas que já se encontravam escaladas para os CODU e no momento a informação que dispomos é que não existem chamadas em espera e estão a ser envidados todos os esforços para repor o normal funcionamento dos serviço", explicou a Comissão de Trabalhadores do INEM em comunicado.
Com as falhas informáticas a afetarem os quatro Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM - Porto, Coimbra, Lisboa e Faro, os técnicos tiveram de apontar os pedidos de emergência em papel e reencaminhá-los por telefone.
"O sistema de registo de chamadas e o tratamento informático de tudo aquilo que são pedidos de socorro tem de ser feito por meios alternativos", nomeadamente chamadas telefónicas e registo manual, explicou o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, à CNN Portugal.
Em comunicado, o INEM esclareceu que "o atendimento, triagem e acionamentos de meios de socorro" estavam "a funcionar", não havendo chamadas em espera.
De acordo com o site do INEM, o tempo de atendimento era, às 12:00, de sete segundos.
Fonte do Ministério da Saúde também garantiu à CNN Portugal que as falhas informáticas registadas não colocaram em causa o atendimento a emergências e envio de meios de socorro.
O problema encontra-se já resolvido, segundo informação do INEM aos órgãos de comunicação social pouco antes das 14:00. "O INEM informa que o constrangimento no sistema informático verificado entre as 09:30 e as 12:00 está resolvido. Esse constrangimento não afetou o atendimento, a triagem nem o acionamento de meios de emergência. Ainda assim, o INEM reforçou de imediato o número de trabalhadores no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para garantir que nenhuma situação ficasse por atender."
O INEM informou também que "está agora a investigar a origem do problema".