A taxa de inflação de dezembro abrandou para 9,6%. A subida foi 0,3 pontos percentuais inferior à registada em novembro. Os preços baixaram também entre novembro e dezembro: a inflação em cadeia foi de -0,29%, segundo a estimativa rápida divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Por outro lado, o indicador de inflação subjacente (inflação core) ascendeu aos 7,3%, mais 0,1 pontos percentuais do que no mês anterior. Trata-se da taxa mais elevada desde dezembro de 1993 para o índice de variação de preços sem contar com produtos alimentares não transformados e energia. A taxa de inflação média nos últimos 12 meses foi estimada em 7,8%.
O abrandamento da inflação homóloga deveu-se à menor variação de preços dos produtos energéticos, de 24,7% para 20,88%, e o índice para os produtos alimentares não transformados, de 18,4% para 17,56%. Por outro lado, aceleraram os produtos alimentares transformados, que subiram 17,5% em dezembro – o que compara com 16,8% em novembro.
No índice harmonizado, que permite comparar com os membros da União Europeia, a variação homóloga foi de 9,8% – em novembro, o registo foi de 10,2%. Em cadeia, a inflação desceu 0,4%, o que compara com a estabilidade verificada em novembro.
Para os preços terem descido entre novembro e dezembro contribuiu a quebra de 4,22% no índice dos produtos energéticos.
A taxa de inflação relativa a dezembro será confirmada dia 11 de janeiro.