Líder talibã paquistanês morto em ataque da CIA

O líder dos talibã paquistaneses, Baitullah Mehsud, foi morto num ataque de míssil levado a cabo pela agência norte-americana de inteligência CIA. A informação é avançada pelo jornal «New York Times», que cita dois elementos do grupo, que adiantaram que está já a ser realizada uma reunião para determinar quem sucederá a Mehsud. O governo norte-americano ainda não confirmou oficialmente esta morte.

O governo paquistanês já avançara a possibilidade da morte do líder rebelde, juntamente com a esposa e os guarda-costas. Um elemento da secreta do Paquistão, que opera no Vaziristão do Sul, disse, inclusivamente, à Reuters que já foi realizado o funeral do líder talibã.

«Ele foi morto com a sua mulher e enterrado em Nargosey», disse esse agente. Nargosey é uma localidade situada a cerca um quilómetro do local do ataque de quarta-feira.

O «New York Times» noticia que dois elementos talibã explicaram que a casa onde Mehsud se encontrava, no momento do ataque, se situa na localidade de Zanghara e que foi atingida por vários lançamentos de míssil desde aviões norte-americano não tripulados.

Responsáveis norte-americanos citados pelo jornal apontaram, contudo, que, devido ao difícil acesso ao local, será quase impossível confirmar a morte do líder talibã através de testes de ADN.

Baitullah Mehsud era um dos homens mais procurados pelos EUA, por ser considerado um dos responsáveis máximos pela instabilidade no Paquistão, que tem servido de refúgio a muitos militantes talibã afegãos.

Mehsud assumiu a liderança do grupo no Paquistão no final de 2007 e, desde essa altura, foi acusado de ter ordenado vários atentados suicidas no Paquistão assim como na zona fronteiriça do Afeganistão, contra militares da NATO.

O nome do seu sucessor estará já a ser discutido, de acordo com as fontes consultadas pelo «New York Times», que recusaram adiantar o local onde a reunião estará a acontecer. O canal televisivo paquistanês Express News 24/7 aponta que o encontro se estará a realizar numa zona montanhosa do Vaziristão do Sul.

O jornal norte-americano salienta que há três nomes que a serem equacionados. O do número dois de Mehsud, Hakimullah Mehsud, o do seu familiar Waliur Rehman e ainda o de um terceiro elemento, identificado como Azmatullah Mehsud.