Líbano: militares portugueses longe dos confrontos

Os militares portugueses em missão no Líbano estão longe dos confrontos dos últimos dias e caracterizam a sua situação como calma e sem qualquer alteração, disse o comandante da força, tenente-coronel Carvalho, à agência Lusa.

«Estamos todos na base e, na nossa área de operações a situação é calma, não há qualquer tipo de confronto», disse o comandante da unidade de engenharia de 141 militares que está no sul do Líbano, em Shama, até ao final do mês.

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Questionado sobre se dada a instabilidade no país foi accionado algum reforço da segurança, quer pelas forças da ONU quer pelo exército libanês no terreno, o tenente-coronel Carvalho negou, explicando que «o exército libanês mantém as mesmas posições» e «as medidas de segurança são as normais».

«A avaliação que fazemos da situação é uma avaliação normal. A instabilidade não afecta a área de operações, é algo que vem acontecendo mas que não tem nenhum impacto na nossa actividade», disse o tenente-coronel, contactado telefonicamente pela Lusa.

O Líbano tem sido palco nos últimos dias de violentos confrontos, sobretudo em Beirute - que chegou a ser parcialmente tomada pelas milícias do movimento radical xiita Hezbollah -, mas também na segunda principal cidade do país, Tripoli, no norte.

Os militares portugueses, integrados na Força das Nações Unidas no Sul do Líbano (UNIFIL), estão no terreno desde Novembro 2006 para uma missão de reconstrução da região, fortemente atingida pelos bombardeamentos israelitas do Verão de 2006.

O actual contingente deverá ser rendido no final de Maio e está instalado, como os anteriores, numa base construída pela primeira unidade de engenharia portuguesa a ir para o terreno em Shama, no extremo sul do Líbano, longe de Beirute (centro) e de Tripoli (norte).

Depois de, sábado, os confrontos em Beirute terem cessado na sequência de um apelo do exército para a retirada das milícias das ruas, registam-se este domingo confrontos nas zonas cristãs dos arredores sudeste da capital libanesa.

Estes novos confrontos opõem os milicianos do Hezbollah aos apoiantes do líder cristão druso Walid Jumblatt.