Presos torturados pelos EUA - TVI

Presos torturados pelos EUA

Visita a Guantanamo Bay (Foto EPA)

Relatório médico de uma organização dos direitos humanos confirma as piores suspeitas

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Antigos suspeitos de terrorismo, que foram detidos pelos EUA, foram avaliados pelos Médicos para os Direitos Humanos e os piores cenários de tortura nas prisões norte-americanas confirmaram-se. Os exames não deixam margem para dúvidas e já foi requerido um pedido de desculpas oficial por parte da administração de George W. Bush.

A organização examinou onze antigos prisioneiros que estiveram detidos nas prisões de Abu Ghraib, no Iraque, em Guantanamo e no Afeganistão. «Encontrámos provas claras de tortura e abusos físicos e psicológicos, muitas vezes causadores de sofrimento duradouro», afimou Allen Keller, um dos médicos envolvidos no estudo, citado pela CNN.

Os exames médicos revelaram indícios de espancamentos, choques eléctricos, privação de sono, humilhação sexual, sodomia e outros abusos. Ainda assim, o relatório admite que «as conclusões desta avaliação não podem ser generalizadas», porque só foram examinados onze suspeitos. No entanto, os médicos concluem que estes são «representativos de um número muito maior de detidos sujeitos a torturas e maus-tratos durante custódia norte-americana».

Todos os suspeitos de terrorismo foram libertos sem qualquer acusação. «Eles até arrancaram a minha roupa interior. Obrigaram-me a fazer alguns movimentos que me humilhavam para depois me tirarem fotografias. Eles queriam fazer-me parecer com um animal», declarou um dos ex-detidos no relatório.

A organização pede agora um pedido formal de desculpa a estes homens e exige que o governo «repudie todas as formas de tortura», que se forme «uma comissão independente para investigar» estes casos, entre outros requerimentos que têm como destinatário George W. Bush.
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