As capas mais polémicas do «Charlie Hebdo» - TVI

As capas mais polémicas do «Charlie Hebdo»

Diário Satírico foi alvo de um ataque terrorista que resultou em 12 mortos. Há anos que a publicação tem primeiras páginas arrojadas, quer com alvos islâmicos, quer com políticos franceses ou até com o Papa. Selecionámos 20 exemplos

Uma coisa é certa: as capas do jornal francês «Charlie Hebdo» não deixam ninguém indiferente. A sede da publicação foi alvo de um ataque terrorista esta quarta-feira, protagonizado por pelo menos dois homens fortemente armados, que reclamaram pertencer à Al-Qaeda. Doze pessoas morreram: 10 jornalista se dois polícias.

«Charlie Hebdo»: os 30 minutos de terror (infografia)

Ao longo dos anos, a publicação, nascida em 1970, satirizou. Satirizou muito, com o Islamismo a ser um dos alvos preferenciais. Em fevereiro de 2006, por exemplo, chegou a fazer uma edição especial, na qual se via uma caricatura de Maomé, com as mãos a tapar a cara, dizendo «É difícil ser amado por idiotas». Não se ficou por aí. Um dia depois, publicou uma série de imagens polémicas sobre o assunto.

Os fundamentalistas já tinham ameaçado o jornal, por várias vezes, por reproduzir e publicar caricaturas de Maomé. Em 2011, os seus escritórios em Paris foram incendiados, precisamente por causa da publicação de caricaturas de Maomé. Depois disso, o diário não se colocou de joelhos perante a intimidação e, a 9 de novembro desse ano, outra imagem com um muçulmano e um cartoonista a darem um beijo na boca. O título descritivo era «O amor é mais forte do que o ódio».

Não foi só a religião muçulmana que mereceu primeiras páginas da publicação. Também a religião católica, por exemplo. E o próprio Papa. Em dezembro último, uma das edições tinha uma imagem sugestiva da virgem Maria a dar à luz Jesus Cristo, com o título: «A verdadeira história do menino Jesus».

Mas até o próprio Presidente francês, François Hollande, não tem escapado ao protagonismo de primeira página, sobretudo nos últimos tempos. E, lá está, não por bons motivos. Bem como a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen.

A última edição antes da tragédia, precisamente deste dia 7 de janeiro, com a caricatura do escritor Michel Houellebecq, autor de um polémico livro sobre França e o Islão.

O site do «Charlie Hebdo» está a negro com a mensagem «JE SUIS CHARLIE» em vários idiomas, que está, de resto, a ser reproduzida pelos media internacionais.

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