Venezuela: polícia procura 18.750 «suspeitos»

A polícia venezuelana procura 18.750 pessoas acusadas de vários crimes, no âmbito de um plano nacional de segurança dos cidadãos, para travar o aumento da criminalidade, revelou o ministro do Interior e Justiça, Tarek El Aissami, escreve a Lusa.

Segundo o ministro, a localização destes indivíduos terá lugar através de uma «operação especial» e «estas pessoas estão perfeitamente identificadas».

Por outro lado, o governante precisou que 339 das pessoas solicitadas pelas autoridades são acusadas de sequestro, 6.398 são suspeitos de assassínio, 1.033 de violação, 7.830 de roubo, 3.150 de tráfico ilícito de droga, nos anos de 2007 e 2008.

Tarek El Aissami revelou ainda que 8.215 funcionários do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária) têm a missão de localizar e capturar estes indivíduos nos diferentes estados venezuelanos.

As regiões mais perigosas

Os funcionários policiais vão ser distribuídos inicialmente pelas oito regiões que, segundo estatísticas do Ministério do Poder Popular para o Interior e Justiça, são as mais perigosas do país - o distrito metropolitano de Caracas e os estados de Arágua, Carabobo, Zúlia, Bolívar, Anzoátegui, Bolívar e Miranda.

Em todos estes estados residem um número considerável de empresários portugueses, cuja principal preocupação é a insegurança, nomeadamente os sequestros, os assaltos armados e o roubo de veículos.

A polícia venezuelana localizou, hoje, o cadáver de um cidadão português, Avelino Castanheira, 55 anos, na Avenida Boyacá, norte de Caracas, que se encontrava desaparecido há vários dias.

Segundo os jornais Últimas Noticias e o Diario La Voz, o português foi «selvaticamente torturado», tendo sido localizado com uma ferida de bala na têmpora direita, hematomas e lacerações no rosto e noutras partes do corpo.