Espanha: ONG pedem Pacto de Estado sobre imigração - TVI

Espanha: ONG pedem Pacto de Estado sobre imigração

  • Portugal Diário
  • 21 fev 2008, 18:02

Mais de 30 organizações apelaram ao partidos políticos para deixarem de usar o tema como «arma política»

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Mais de 30 organizações dedicadas ao apoio à comunidade imigrante em Espanha apelaram esta quinta-feira a todos os partidos políticos para que se comprometam com um Pacto de Estado sobre imigração, deixando de usar o tema como «arma política», informa a Lusa.

Reunidas sob a alçada da Federação Nacional Red Acoge, as 34 organizações defendem que todos os partidos se comprometam, depois das eleições de 09 de Março, a promover «políticas verdadeiramente integradoras».

Em comunicado, pedem ainda aos políticos para que evitem declarações que possam vincular a imigração com o fenómeno da delinquência, a insegurança ou os conflitos laborais, pedindo que lidem com o tema «com seriedade e rigor».

A organização sustenta ainda que se os imigrantes pudessem votar, «os discursos políticos seriam mais comedidos» e a população imigrante «teria um nexo adicional para a sua integração».

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Actualmente, apenas os imigrantes originários da comunidade europeia podem votar nas municipais.

«A Red Acoge entende que as pessoas imigrantes, visto estarem sujeitas aos mesmos deveres que qualquer cidadão, devem ver reconhecidos os seus direitos, entre eles o direito ao voto», acrescenta.

O tema da imigração tem vindo a merecer cada vez mais atenção do período de pré-campanha, em particular depois de polémicas propostas do Partido Popular (PP) e de discrepâncias sobre o número de ilegais em Espanha, que os Populares dizem ascender a 1,1 milhões e o governo a contrapor 300 mil.

O PP defende ainda que os imigrantes tenham que assinar um «contrato de integração» que os obriga a aprender a língua e os «costumes» espanhóis, prometendo ainda regular o uso do véu em Espanha.

As medidas foram criticadas por todas as outras forças políticas e por várias organizações não-governamentais que as consideraram racistas xenófobas e próximas da extrema-direita europeia.
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