Já a filha mais velha de David Haines, Bettany Haines, de 17 anos, disse querer «que metessem uma bala entre os olhos do homem» que terá matado o seu pai, a trabalhar para uma ONG francesa, e apelando a que os países aliados «erradiquem o Estado Islâmico».
Haines' daughter: We won't get closure until there is a bullet between the eyes of Jihadi John http://t.co/J2JW54obaU pic.twitter.com/YZOm3arnin
— ITV News (@itvnews) February 26, 2015
«Acho que todas as famílias ficariam aliviadas se enfiassem uma bala entre os olhos dele», disse à ITV a adolescente.
Dragana Haines, viúva de David Haines, não quer que o suposto «carrasco» do marido morra como um herói, também apoia os ataques aéreos, sem o mesmo radicalismo no discurso que a enteada.
Herói foi o seu marido, voluntário na Síria, que foi raptado pelo Estado Islâmico e veio a morrer às mãos deste grupo em setembro de 2013, decapitado, vítima de uma guerra que não era a sua. Ele foi vítima quando só queria ajudar outras vítimas.
Dragana Haine disse a um media inglês que o marido lhe tinha prometido que «aquela seria a sua última missão e que voltaria para a ajudar com o negócio de família» – máquinas de gelados. Foi a sua última missão, mas David não voltou.
A revelação da identidade do homem que alegadamente matou o seu marido faz esta mulher de 44 anos reviver os momentos em que a sua vida se desmoronou e cuja superação só foi possível com a «ajuda» da filha, de quatro anos, Athea.
«A minha filha é a razão por que me levanto todas as manhãs», disse numa entrevista ao «Daily Record».
Dragana vive na Croácia e quer, enquanto puder «proteger» e evitar que a sua filha saiba a verdade sobre o «horror que aconteceu ao pai».
«Se ela me ouve falar em inglês, ela corre a ir buscar um lenço de papel e diz ‘mãe não chores, não fiques triste’. Ele percebe que algo está errado. Tenho que ser forte para ela».
Jihad John, um britânico na casa dos 20 anos, de Londres, mas nascido no Koweit, aparece nos vídeos do Estado Islâmico que revelam as execuções de vários ocidentais.