Obama preocupado com conflito na Faixa de Gaza - TVI

Obama preocupado com conflito na Faixa de Gaza

Bush recebeu Obama na Casa Branca

Novo presidente dos EUA não quer intervir nas «negociações delicadas» da administração cessante

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O presidente eleito norte-americano Barack Obama mostrou-se segunda-feira profundamente preocupado com os combates na Faixa de Gaza, sublinhando ao mesmo tempo que não quer intervir nas «negociações delicadas» efectuadas pela administração cessante.

Questionado sobre o facto de saber se a ofensiva israelita contra o Hamas vai perturbar as prioridades do seu calendário económico, Obama, que assume funções a 20 de Janeiro, respondeu: «obviamente, os assuntos internacionais são profundamente preocupantes».

«Penso que um presidente ou presidente eleito e a sua equipa devem saber fazer várias coisas ao mesmo tempo. A propósito da situação em Gaza, sou colocado a par todos os dias», indicou aos jornalistas.

Até agora, Obama sempre guardou um silêncio prudente sobre o conflito israelo-palestiniano e a ofensiva terrestre desencadeada por Israel na Faixa de Gaza.

«Continuo a insistir no facto de que em matéria de negócios estrangeiros, é muito importante aderir ao princípio de uma só presidência», acrescentou o presidente eleito.

«Em especial porque neste momento decorrem delicadas negociações e não podemos permitir-nos ter duas vozes a falar em nome dos Estados Unidos, quando tanto está em causa», sublinhou Obama.

Obama garantiu ainda que continua a «manter conversações com membros da actual administração» sobre o assunto.

O presidente eleito não revelou a natureza das negociações em questão.

O departamento de Estado anunciou a anulação da deslocação à China da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, prevista para 07 e 08 de Janeiro, para que possa dedicar-se ao conflito no Médio Oriente.

Os Estados árabes iniciaram segunda-feira uma ofensiva diplomática na ONU para conseguir o mais depressa possível um cessar-fogo duradouro.

Segunda-feira, violentos combates tiveram lugar pela primeira vez na cidade de Gaza entre soldados israelitas e combatentes palestinianos,

Israel continua a rejeitar os apelos à paragem da sua ofensiva militar, que em 10 dias custou a vida a pelo menos 555 palestinianos.
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