Artigo actualizado às 18h29
O primeiro-ministro português discursou este sábado na 65ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, e além de abordar o conflito entre israelitas e palestinianos, defendeu ainda a presença de Portugal no Conselho de Segurança da ONU.
José Sócrates deixou claro que a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança baseia-se em valores de política externa de diálogo e não de imposição e numa visão universalista do mundo.
«O comportamento de Portugal nas Nações Unidas é determinado pela capacidade que temos em dialogar com todos os Estados Membros, em estabelecer pontes, em contribuir para consensos. Procuramos sempre defender os valores em que acreditamos através do diálogo e não através da imposição», disse.
Em seguida acrescentou: «A nossa atitude não é, portanto, ditada pela necessidade conjuntural de agradar a este ou àquele grupo, mas pelos valores em que acreditamos. É esta visão universalista, de diálogo e abertura ao mundo que marca a participação de Portugal nos órgãos das Nações Unidas e inspira a nossa candidatura a membro não permanente do Conselho de Segurança».
Paz no Médio Oriente
«O próximo ano será crítico para o processo de paz. A escolha é clara: a paz ou o regresso à instabilidade», afirmou.
José Sócrates saudou a retoma das negociações directas para uma «solução de dois estados» e encorajou «as lideranças a escolher o árduo e difícil caminho da paz».
«A criação de um Estado palestiniano independente, democrático, contíguo e viável, a viver lado a lado e em paz com o estado Israel é um objectivo para o qual todos temos o dever de contribuir», disse.
Sócrates «quer» Portugal no Conselho de Segurança da ONU
- Redação
- CP
- 25 set 2010, 17:32
Primeiro-ministro apelou ainda para que israelitas e palestinianos vivam «lado a lado e em paz»
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