Mais de 6000 cidadãos europeus juntaram-se ao Estado Islâmico - TVI

Mais de 6000 cidadãos europeus juntaram-se ao Estado Islâmico

Iraque [Foto: Reuters]

Informação foi avançada pela comissária europeia da Justiça, Věra Jourová

Os cidadãos europeus que se juntaram às fileiras de grupos jihadistas para combater na Síria podem ser mais de 6.000, disse a comissária europeia da Justiça, Věra Jourová, ao jornal francês «Le Figaro».

«A nível europeu, estimamos que entre 5.000 a 6.000 indivíduos fugiram para a Síria», disse, acrescentando que o número pode ser superior devido à dificuldade em detetar os combatentes estrangeiros no conflito.

«Na altura dos ataques em Paris e Copenhaga, decidimos não nos deixar guiar pelo medo», disse, referindo-se aos ataques ao jornal satírico «Charlie Hebdo» e a um centro cultural na Dinamarca.

Věra Jourová disse que a União Europeia (UE) preferiu promover a prevenção como forma de conter o êxodo constante de cidadãos europeus, analisando as razões pelas quais estes se juntavam a grupos jihadistas, além de motivos religiosos.

A pesquisa britânica identificou «o desejo de aventura, tédio, insatisfação com a sua vida e falta de perspetivas», em todos os que optaram por abandonar as suas famílias e ir para a Síria, afirmou a comissária.

Outra ação da UE foi acelerar a troca de informação entre as forças da polícia e os tribunais dos estados membros, com mais partilha de dados pelos serviços secretos.

Mais de 215 mil pessoas foram mortas no conflito iniciado há quatro anos na Síria e cada vez mais dominado por grupos jihadistas. 

Um estudo apresentado pelo senador francês Jean-Pierre Sueur indicou na semana passada que q uase metade (47%) dos jihadistas europeus que se juntaram ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque são franceses.
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