Palestina «ofereceu» controlo quase total de Jerusalém a Israel - TVI

Palestina «ofereceu» controlo quase total de Jerusalém a Israel

Abbas - EPA/OLIVER WEIKEN

A televisão árabe «Al-Jazeera» e o jornal britânico «The Guardian» estão a revelar documentos «secretos» cedidos pelo Wikileaks

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A Palestina, através dos seus representantes para negociar um acordo de Paz no Médio Oriente, terá oferecido a Israel o controlo quase total da cidade de Jerusalém. A informação está a ser avançada pela televisão árabe «Al-Jazeera» e pelo jornal britânico «The Guardian», que tiveram acesso a 1.600 documentos secretos cedidos pelo site Wikileaks.

Os documentos representam um resumo dos últimos dez anos de negociações e mostram uma relação estranhamente próxima entre as forças de segurança de Israel e da Palestina. A Alta Autoridade Palestiniana já veio a público negar a veracidade dos documentos publicados. Mas estas revelações já estão a ser denominadas como «a maior fuga de informação do processo de Paz para o Médio Oriente».

Num dos documentos, com data de 2008, pode ler-se que os negociadores palestinianos ofereceram a Israel a anexação dos colonatos judeus construídos, ilegalmente, na parte ocupada de Jerusalém, com excepção de um, o Har Homa. Esta terá sido a «oferta» mais generosa de sempre a ser colocada na mesa pela Palestina.

Segundo escreve o «El País», Israel recusou a proposta porque, além de querer Har Homa, também queria que os árabes aceitassem a anexação de Maale Adumim, nos arredores de Jerusalém e Ariel, na Cisjordânia.

Outro dos documentos revela, também, que o presidente da Palestinana Mahmud Abbas foi informado por um alto funcionário do ministério da Defesa israelita de uma ofensiva contra o Hamas, em Gaza, no final de 2008. Sugerindo a existência de troca de informação entre as forças de segurança dos dois Estados.

Outro ponto sensível nas negociações de Paz é o regresso dos refugiados, cerca de 5 milhões, ao território. A Palestina terá aceite um regresso faseado, de 10 mil por ano, durante dez anos.

Estes documentos começaram a ser revelados este domingo à noite, mas tanto a «Al-Jazeera» como o «The Guardian, prometem mais novidades nos próximos dias.
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