Edward Snowden não se arrepende do que fez - TVI

Edward Snowden não se arrepende do que fez

O ex-consultor americano discursou, através de uma videoconferência, ao receber o prémio conhecido como «Nobel Alternativo»

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Edward Snowden, ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana, admitiu não estar arrependido de ter divulgado documentos, ao aceitar o prémio Right Livelihood Award, conhecido como «Nobel Alternativo».
 
«O preço que pagámos, todos os sacrifícios que fizemos, penso que faríamos o mesmo outra vez. Sei que eu o faria de novo», afirmou o ex-analista americano numa videoconferência, transmitida da Rússia, onde está exilado.
 

«Isto é sobre nós, sobre os nossos direitos. Isto é sobre o tipo de sociedade em que queremos viver, o tipo de governo que queremos, o tipo de mundo que queremos criar para a próxima geração», disse Snowden.

 
Edward Snowden foi nomeado para o prémio por ter revelado a vigilância estatal que «viola processos democráticos básicos e direitos constitucionais», como explicava o comunicado de imprensa divulgado, há dois meses, pela fundação Right Livelihood Award, com sede em Estocolmo.
 

«Edward Snowden providenciou um serviço enorme aos cidadãos deste planeta. Snowden, o Right Livelihood Award está à sua espera! Acreditamos que a Suécia tornará possível que o receba aqui, em Estocolmo, pessoalmente», disse Jakob von Uexküll, ao anunciar o prémio.

 
Edward Snowden fez um vídeo para agradecer à Fundação do Right Livelihood Award Foundation e a todas as pessoas que o apoiam.

 

O Right Livelihood Award homenageia aqueles que trabalham para melhorar a vida dos outros e, normalmente, é entregue no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Estocolmo. Mas, ao saber que o premiado seria Snowden, o ministro proibiu o grupo a fazer o anúncio no seu departamento. A cerimónia de entrega de prémios foi mudada para o Parlamento Sueco e começou horas depois de um político do Partido Verde sugerir que Snowden deveria receber exílio na Suécia.
 
Snowden está em território russo desde 23 de junho de 2013, tendo recebido permissão de residência no país para um período de três anos, podendo viver na Rússia pelo menos até 1 de agosto de 2017. Se regressar aos Estados Unidos poderá ficar preso durante três décadas.
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