Irão: oitavas eleições em 30 anos - TVI

Irão: oitavas eleições em 30 anos

  • Portugal Diário
  • 14 mar 2008, 13:25
Urna de voto

Eleitores iranianos elegem esta quinta-feira o oitavo Parlamento desde o triunfo da República Islâmica

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As assembleias de voto iranianas abriram esta quinta-feira as portas às 8h00 locais (4h30 em Lisboa) para a escolha dos deputados daquele que será o oitavo «Majlis» (Parlamento) desde o triunfo da República Islâmica, há três décadas, noticia a agência Lusa.

Dos mais de 70 milhões de habitantes do Irão, cerca de 44 milhões são chamados às urnas para eleger os 290 deputados do novo Parlamento, de entre os 4.755 candidatos que pertencem às correntes reformista, tradicionalista e ultra-conservadora do país.

Durante a campanha eleitoral, grande número de candidatos foi desqualificado, nomeadamente reformadores.

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As autoridades iranianas insistiram, na televisão, para que os eleitores votassem, numa demonstração de unidade nacional destinada a enviar uma mensagem ao «inimigo» ocidental. O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, pediu esta quinta-feira aos iranianos que participem de forma massiva nas eleições.

O país é governado pelo Presidente eleito por sufrágio para um período de quatro anos, mas este só pode apresentar-se a dois mandatos, e um Parlamento, o Majlis, com 290 assentos. O actual Presidente da República é Mahmud Ahmadineyad, eleito a 24 de Junho de 2005, sendo o sexto Presidente do Irão em 30 anos, desde a Revolução Islâmica.

Os poderes Executivo, Legislativo e Judicial estão sujeitos à autoridade do líder religioso islâmico, o Guia Espiritual da Revolução, nomeado pela Assembleia de Peritos (86 membros eleitos por sufrágio universal). O ayatollah Ali Khamenei é o Guia da Revolução desde Fevereiro de 1989.

O Conselho de Guardiães da Constituição, com 12 membros, vela para que as leis não violem a Magna Carta (aprovada em 1979) nem os princípios islâmicos.

Os principais partidos políticos do Irão são da corrente religiosa moderada, os «Servidores da Construção» e o «Grupo-6», e da radical «Associação de Clérigos Combatentes». O principal grupo da oposição liberal, Movimento de Libertação do Irão (MLI) é ilegal, mas tolerado.
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