Na Al-Jadid/New TV do Líbano, no último dia 2 de março, decorria uma entrevista sobre o fenómeno de adesão de muitos cristãos a grupos radicais islâmicos, como o Estado Islâmico. O sheik invocava argumentos históricos e a jornalista quis voltar a trazer a questão para o presente: «Mas no presente, que slogans são usados para atrair os cristãos?»
O sheik não gostou da interrupção e retorquiu: «Não me interrompa! Eu respondo quando eu quiser».
O tom de voz elevou-se e a conversa azedou, até Hani Al-Siba’i, mandou calar a jornalista. Ela ainda pediu respeito e explicou que tenha condicionantes de tempo e por isso lhe tinha pedido que se focasse no presente.
Mas o sheik insistiu e ela tirou-o do ar, sem apelo nem agravo.
O vídeo foi divulgado pelo Middle East Media Research Institute – MEMRI (Instituto de Investigação de Media do Médio Oriente) no Youtube a 4 de março. Quase 2,5 milhões de pessoas já viram o vídeo.
As reações nas redes sociais não se fizeram esperar, a maioria com elogios a Rima Karaki, por não se ter sujeitado à subserviência que lhe queria impor o radical islâmico. A conta de Twitter da jornalista foi inundada com mensagens.
@KarakiRima Thank you for this! https://t.co/lIARMWV3Tt
— Rob (@roberthagey) 5 março 2015
@KarakiRima I respect your decision to reassert control of your own interview. #thumbsup
— Jeff Abramo (@JeffAbramo) 6 março 2015
This interview was great. Congratulations on taking control of your own interview, @KarakiRima. https://t.co/ECSFJWh1gB
— Bobbortion Jindal (@sensitivefetus) 6 março 2015