O número de vítimas mortais na China devido ao coronavírus aumentou para 132, informaram esta terça-feira as autoridades locais. Quanto ao número de pessoas infetadas, surgiram mais 1.400 novos casos em relação a terça-feira, o que significa que são já 5.974 infetados em todo o país. Em termos globais, são já 6.056.
Nas últimas 24 horas o coronavírus fez mais 25 novas vítimas na província de Hubei.
As autoridades de Pequim já tinham confirmado a primeira morte na capital chinesa de uma pessoa infetada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), um homem de 50 anos que esteve na cidade de Wuhan, a 8 de janeiro.
Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
O Governo decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.
A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que vai enviar peritos internacionais para a China o mais rapidamente possível para trabalhar com especialistas chineses no estudo e contenção do vírus.
Vários países já começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido.
Um avião fretado pelo Governo japonês transportando 216 pessoas retiradas da cidade já chegou a Tóquio.
Entretanto, um avião com pessoal diplomático dos Estados Unidos e outros cidadãos norte-americanos também saiu de Wuhan, sendo esperado que chegue ao aeroporto internacional de Ontário, na Califórnia, nesta quarta-feira.
Já o Canadá está a estudar todas as opções para repatriar os 126 canadianos que vivem na região e a União Europeia vai enviar dois aviões entre quarta e sexta-feira e que deverão repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus.
A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, assegurou que os hospitais de Portugal estão preparados para lidar com uma eventual epidemia e que a situação está a ser tratada de forma “tranquila, mas rigorosa”.