Myanmar: líder da oposição ouvida em julgamento - TVI

Myanmar: líder da oposição ouvida em julgamento

Protestos e Confrontos em Myanmar (Fotos: Lusa/EPA)

Aung San Suu Kyi nega ter violado os termos da prisão domiciliária

A líder da oposição de Mianmar, Aung San Suu Kyi, negou ter violado os termos da prisão domiciliária quando recebeu, em casa, uma visita de um americano, em Yangun.

Suu Kyi, que se encontra numa prisão desde dia 14 de Maio a aguardar julgamento, afirmou que não se deu conta imediatamente da presença da visita e que só foi informada mais tarde por uma assistente, avança a BBC Brasil.

«Não soube (da visita) imediatamente. Fui informada às 5:00. A minha assistente disse-me que um homem tinha chegado», afirmou Suu Kyi em tribunal.

A líder da oposição relatou que deu «abrigo temporário» ao homem e que não informou as autoridades. Segundo Suu Kyi, o homem deixou a casa pelas 23h45, no dia 5 de Maio.

«Só sei que ele foi para o lado do lago. Não sei que direcção é que tomou porque estava escuro», reiterou.

No entanto, generais do Governo afirmam que o incidente foi planeado de forma a criar constrangimentos no governo.

Suu Kyi presta declarações pela primeira vez

O julgamento de Suu Kyi, detentora do Nobel da Paz em 1991, começou há pouco mais de uma semana e é esperado que a líder da oposição seja condenada a cinco anos de prisão.

O advogado de Suu Kyi, Nyan Win afirmou esta segunda-feira que a procuradoria cancelou os depoimentos das últimas testemunhas, para que fosse possível ouvir Suu Kyi.

Nyan Win afirmou ter a «absoluta certeza» de que as autoridades estão a apressar o julgamento e que, até é possível, «o veredicto já tenha sido escrito».
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