Eleições marcadas para Outubro na República Checa

Os dois principais partidos políticos checos aceitaram marcar eleições legislativas antecipadas para Outubro para resolver a crise política gerada pela destituição do governo Topolanek em plena presidência da União Europeia, anunciou este sábado a agência CTK, citada pela Agência Lusa.

De acordo com a agência checa CTK, os líderes dos dois principais partidos checos, o liberal ODS e o da oposição social-democrata CSSD, encontraram-se na sexta-feira e além da data das eleições legislativas antecipadas, debateram a ratificação do Tratado de Lisboa no Senado checo.

A CTK, que cita o líder do CSSD, Jiri Paroubek, refere que os sociais-democratas toleram o governo demissionário do ODS até às eleições europeias, previstas no país entre 5 e 6 de Junho, mas exigem certas concessões. Destas concessões, o CSSD pede em particular a destituição da procuradora, acusada de favorecer determinados políticos, e a do ministro do Interior, Ivan Langer, muito criticado pela oposição de esquerda.

Em Bruxelas, responsáveis europeus inquietaram-se com o risco da crise política checa empurrar os senadores checos a rejeitar o Tratado de Lisboa e consequentemente a bloquear o processo de reformas a nível europeu.

O liberal Mirek Topolanek que teve dificuldades em formar a coligação que liderava de centro direita depois das legislativas de Junho de 2006, viu a sua maioria desfazer-se devido a divergências e cisões. Terça-feira, apenas 96 deputados de um total de 200 votaram contra a moção de censura que fez cair o governo.

A presidência da República Checa da União Europeia acaba a 30 de Junho e a actual legislatura checa deveria terminar em Junho de 2010.