Atriz iraniana Taraneh Alidoosti foi libertada da prisão após pagar fiança - TVI

Atriz iraniana Taraneh Alidoosti foi libertada da prisão após pagar fiança

  • CNN Portugal
  • 5 jan 2023, 10:35
Atriz iraniana Taraneh Alidoosti foi libertada da prisão (AP)

A estrela do filme "O Vendedor" terá pagado uma fiança de 22 mil euros. Esteve três semanas presa depois de ter apoiado publicamente os protestos que decorrem há meses no Irão

Relacionados

Três semanas depois de ter sido detida, a atriz iraniana Taraneh Alidoosti foi libertada da prisão. A atriz de 38 anos estava na prisão de Evin, em Teerão, desde o mês passado, por ter apoiado publicamente os protestos que decorrem há meses no país: ela publicou nas redes sociais uma foto sua com o cabelo descoberto e também manifestou a sua solidariedade com todos os manifestantes contra o governo que tinham sido presos, o que foi considerado "conteúdo inflamatório".

A atriz, conhecida por exemplo pelos seus papéis nos filmes "O Vendedor", de Asghar Farhadi (vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2017), e "Os Irmãos de Leila", de Saeed Roustayi, foi libertada após o pagamento de uma fiança que, segundo o The Guardian, poderá ter sido de 22 mil euros. Alguns meios de comunicação internacionais publicaram fotos da libertação de Taraneh Alidoosti, onde ela está à porta da prisão, com um ramo de flores na mão e sem véu na cabeça.

Os protestos no Irão começaram há quase quatro meses, depois da morte de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos que foi detida pela polícia da moral por usar o seu hijab "indevidamente". Até agora, pelo menos 516 manifestantes foram mortos, incluindo 70 crianças, e 19.250 outros foram presos, de acordo com a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA). 

Dois manifestantes foram executados no mês passado depois de serem condenados por "inimizade contra Deus".

Dias antes de sua própria detenção, a 17 de dezembro, Taraneh Alidoosti apelou a que as pessoas se manifestassem em resposta à execução do primeiro manifestante, Mohsen Shekari. "Todas as organizações internacionais que assistem a esse derramamento de sangue e não tomam nenhuma atitude são uma vergonha para a humanidade", escreveu na sua conta no Instagram, que tinha milhões de seguidores antes de ser desativada.

Em novembro, ela tinha publicado uma fotografia sua com os cabelos descobertos, segurando uma placa com as placas "Mulher, vida, liberdade" - o principal slogan do movimento de protesto.

Continue a ler esta notícia

Relacionados