Advogados de Isabel dos Santos desconhecem mandado da Interpol - TVI

Advogados de Isabel dos Santos desconhecem mandado da Interpol

  • Henrique Machado
  • 18 nov 2022, 23:23
Isabel dos Santos e Sindika Dokolo

A equipa jurídica da empresária sublinha ainda que Isabel dos Santos "não se encontra em parte incerta", ao contrário do que foi inicialmente divulgado e acrescenta que as autoridades têm conhecimento da morada da filha do antigo presidente angolano

A empresária angolana Isabel dos Santos reagiu esta sexta-feira à notícia de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola teria pedido à Interpol para emitir um mandado de captura internacional para a sua extradição. Os advogados da empresária garantem não ter sido " proferida qualquer acusação" contra Isabel dos Santos e que, de acordo com a base de dados da Interpol, "não existe, até ao momento, qualquer referência à emissão de um mandado". 

Segundo a notícia avançada pela Lusa, o documento onde autoridades angolanas pedem para “localizar e prender com vista à extradição” a cidadã angolana Isabel dos Santos, teria sido emitido no dia 3 de novembro.

De acordo com o documento, Isabel dos Santos seria procurada por suspeitas dos “crimes de peculato, fraude qualificada, participação ilegal em negócios, associação criminosa e tráfico de influência, lavagem de dinheiro”, numa pena máxima de 12 anos de prisão.

A equipa jurídica da empresária sublinha ainda que Isabel dos Santos "não se encontra em parte incerta", ao contrário do que foi inicialmente divulgado e acrescenta que as autoridades têm conhecimento da morada da filha do antigo presidente angolano.

Segundo o documento, entre 2015 e 2017, a empresária, criou mecanismos financeiros “com intenção de obter ganhos financeiros ilícitos e branquear operações criminosas suspeitas”, através de “informação sobre dinheiros públicos do Estado angolano” que conseguiu na qualidade de administradora da petrolífera estatal Sonangol. Factos que a equipa de advogados de Isabel dos Santos disputam. 

"Os factos relacionados com o período em que exerceu funções na Sonangol não foram confirmados judicialmente - pelo contrário", acrescenta a fonte da empresária à CNN Portugal.
 

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