Líder do grupo Wagner grava mensagem com uma "série de obscenidades" dirigidas ao ministro da Defesa italiano - TVI

Líder do grupo Wagner grava mensagem com uma "série de obscenidades" dirigidas ao ministro da Defesa italiano

  • CNN Portugal
  • CF
  • 13 mar 2023, 18:00
"Não há conflito entre o Grupo Wagner e o Ministério da Defesa", diz Prigozhin

Em causa está o facto de Itália acusar o grupo Wagner de estar a traficar migrantes para retaliar contra países que apoiam a Ucrânia

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O governo italiano acusou o grupo Wagner de ser responsável pelo recente surto de barcos de migrantes ao largo da Itália, como parte da estratégia de retaliação do Kremlin contra os países ocidentais que têm apoiado a Ucrânia. 

"Penso que é seguro dizer que o aumento exponencial do fenómeno migratório que vem das costas africanas é uma estratégia clara de guerra híbrida que o grupo Wagner está a implementar, ao usar a sua influência considerável em alguns países africanos", afirmou o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, em comunicado citado pelo The Guardian.

O líder do grupo de mercenários não tardou em reagir. Numa mensagem de voz publicada no Telegram, Yevgeny Prigozhin afirmou: "Não fazemos ideia do que se passa com a crise dos migrantes, nem nos preocupamos com isso". Ainda de acordo com o The Guardian, a mensagem instava o governo italiano a prestar atenção ao seu próprio país e continha uma "série de obscenidades" e ofensas dirigidas a Crosetto. 

Segundo o Ministério do Interior italiano, 17.592 migrantes desembarcaram em Itália desde o início do ano, número quase três vezes maior do que os 5.995 que desembarcaram no mesmo período de 2022. 

O número de chegadas de migrantes pela rota do Mediterrâneo central aumentou 116% em janeiro e fevereiro em comparação com 2022, segundo a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).

A acusação de "guerra híbrida" do ministro italiano espelha as declarações do governo moldavo, que esta segunda-feira acusou a Rússia de tentar comprometer a segurança do país através de uma "guerra híbrida" - por exemplo, com recurso a táticas de desinformação e ciberataques -, embora reconheça que não parece existir "perigo militar iminente". 

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