O Ministério Público confirma João Galamba como arguido no âmbito de um processo relacionado com a exploração de lítio em Montalegre. Também o Presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foi constituído arguido.
"O Ministério Púbico procedeu ainda à constituição como arguidos de outros suspeitos da prática de factos investigados nos autos, designadamente do Ministro das Infraestruturas e do Presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente", lê-se no comunicado enviado esta terça-feira às redações.
O Ministério Público esclarece que estão a ser investigados "factos suscetíveis de constituir crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência".
As suspeitas recaem sobre as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano, em Montalegre e do Barroso, em Boticas; um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, apresentado por consórcio que se candidatou ao estatuto de Projetos Importantes de Interesse Comum Europeu (IPCEI); e ainda ainda um outro projeto de construção de um “data center” desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade “Start Campus”.