Os primeiros atletas portugueses partiram esta sexta-feira de manhã para os Jogos Olímpicos: foram eles as surfistas Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins.
Logo bem cedo, por volta das 8 horas, as duas seguiram numa viagem que vai demorar 24 horas a levá-las ao destino. É que, apesar de irem participar nos Jogos Olímpicos de Paris, as duas surfistas estão a viajar para o outro lado do mundo: para a Polinésia Francesa.
«É incrível estarmos finalmente aqui no aeroporto a arrancar. É o dia mais esperado para qualquer atleta, neste caso não é um voo curto até Paris, vai ser até ao outro lado do mundo, mas acho que também vai ser uma viagem boa para pensar em tudo», confessou Teresa Bonvalot à partida no aeroporto.
«Para ser sincera, gostava de estar em Paris, posso dizer que fui aos Jogos Olímpicos de Paris, mas nunca fui a Paris. Mas pronto. Esta foi a decisão e acredito que foi uma boa decisão para tentar olhar para a parte do show. Acredito que neste momento na Polinésia Francesa vai haver grande show e estando longe vamos estar sempre a acompanhar os restantes portugueses.»
A viagem, como já se disse, é longa. Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins começam por fazer três horas de viagem até Londres, onde apanham um outro avião para mais 12 horas de viagem até Los Angeles. Nos Estados Unidos, por fim, apanham um último avião para mais nove horas.
Na verdade, serão 24 horas sempre no ar, sem contar com o tempo perdido em ligações nos aeroportos. A chegada está prevista para as 5 horas do domingo, dia 21.
Curiosamente, e enquanto em competição, os surfistas não estão na Aldeia Olímpica, mas antes num Cruzeiro Olímpico: um barco em pleno mar da Polinésia. O que também não será mau.
Depois disso, há quase uma semana até começarem a competir, o que está agendado para o dia 27 de julho.
«Chegamos lá ainda com alguns dias de treino, que eu acho que vão ser muito benéficos para nos adaptarmos à onda. Vão ser uns grandes Jogos e esperemos que as ondas estejam incríveis.»
Em relação a expetativas, Teresa Bonvalot diz que um bom resultado são medalhas, claro.
«Diria que o resultado esperado por um atleta que trabalha tanto e que é muito competitivo é sempre ganhar, por isso uma medalha como é óbvio seria o maior sonho, mas eu olho para a minha competição passo a passo, hit a hit e tentar desfrutar do sítio onde estamos», referiu.
«É uma onda que mete a toda a gente fora da nossa zona de conforto e tenho a certeza absoluta que vou para dentro da água para a dar o meu melhor, deixar tudo e demonstrar o que é ser português.»