A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) disse à Lusa estar a acompanhar a "não comparência" de 106 peregrinos de Angola e Cabo Verde na diocese de Leiria-Fátima, tendo a situação sido reportada às autoridades de segurança.
Em comunicado, a diocese indicou que "uma situação anormal que requereu uma atenção especial da parte da organização diocesana foi a ausência de 106 peregrinos dos grupos estrangeiros de nacionalidade angolana e cabo-verdiana acolhidos em três paróquias da diocese".
A diocese acrescenta que "logo que estas não comparências foram sinalizadas, a organização reportou-as às competentes autoridades de segurança, que desde então têm assumido as diligências exigíveis e necessárias".
"A organização está a acompanhar a situação, que reportou às autoridades", disse à Lusa fonte da JMJ.
Contactada pela Lusa, fonte da PSP indicou que se trata de um grupo de peregrinos "que não chegou ao destino" previsto, ou seja, à diocese de Leiria-Fátima.
Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) afirmou à Lusa que este organismo não foi contactado e que os 106 peregrinos não estão em situação irregular, uma vez que têm um visto válido de curta duração, por três meses, pelo que podem circular no espaço Schengen.
Por sua vez, fonte da GNR disse à Lusa que esta força de segurança não foi contactada, mas está "em articulação" com o Sistema de Segurança Interna.
Contactadas pela Lusa, fontes das embaixadas de Angola e Cabo Verde em Lisboa indicaram desconhecer a situação, uma vez que a deslocação destes peregrinos é enquadrada pelas igrejas.
Pelo menos 1.518 angolanos, residentes em Angola e na diáspora, inscreveram-se para participar na JMJ Lisboa 2023 e a partir de Luanda devem embarcar 518 peregrinos para este encontro com o Papa Francisco. De Cabo Verde, está prevista a participação de um total de 913 cabo-verdianos, incluindo religiosos.