A transferência de Éder Militão do FC Porto para o Real Madrid está sob investigação do Ministério Público.
A revelação é feita pela revista Sábado, que na edição desta quinta-feira salienta que os negócios da compra (ao São Paulo) e venda (Real Madrid) do internacional brasileiro estão a ser escrutinados pelas autoridades.
Militão assinou um contrato de cinco épocas com o FC Porto, em julho de 2018, com o custo de 8,5 milhões de euros (7 milhões pelo passe e cerca de 1,5 milhões de encargos adicionais) por 90% dos direitos económicos do jogador. No ano seguinte, o defesa-central foi vendido ao Real Madrid por 50 milhões de euros, gerando uma mais-valia de 28.437.285 euros, segundo o relatório e contas da SAD.
A intermediação destas transações foi feita pelo empresário Bruno Macedo, que na passada semana foi detido e interrogado no âmbito da operação «Cartão Vermelho», que envolve também o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o seu filho, Tiago Vieira, e o empresário José António dos Santos, maior acionista privado da SAD dos encarnados.
De acordo com a revista, está em curso uma megainvestigação que parte dos negócios dos empresários Bruno Macedo, Pedro Pinho, Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto, que terão ligações entre si, bem como a outros intermediários.
Sob investigação está também o negócio da venda dos direitos televisivos do FC Porto à operadora Altice, que terá gerado o pagamento de uma comissão de 20 milhões de euros para o empresário Bruno Macedo.