As suspeitas que pendem sobre Diogo Lacerda Machado, por tráfico de influências junto do Governo, dizem respeito a alegados benefícios do projeto de construção de um mega centro de processamento de dados na zona industrial de Sines, por parte da sociedade Start Campus, que contratou o amigo do primeiro-ministro como consultor. Em causa, um investimento estrangeiro, em consórcio, de 3,5 mil milhões de euros.
Lacerda Machado, que foi esta terça-feira detido, a par de dois responsáveis da Start Campus, é suspeito de ter movido influências em favor do consórcio junto dos então secretários de Estado Eurico Brilhante Dias, João Galamba e Hugo Santos Mendes – para além do presidente da Câmara de Sines, que foi igualmente detido.
Há escutas telefónicas e outros meios de prova que indiciam essa teia de ligações. Do Estado, o consórcio precisava de luz verde para utilizar instalações desativadas da EDP em Sines – e que o investimento fosse declarado pelo Governo, como foi, Projeto de Interesse Nacional.