O primeiro-ministro da Líbia, Abdulhamid Dbeibé, suspendeu a ministra dos Negócios Estrangeiros, Najla Mangush, por ter reunido em Itália com o seu homologo israelita, Eli Cohen, apesar de as relações entre os dois países serem inexistentes.
A Líbia não reconhece o Estado de Israel e é um forte aliado da causa palestiniana.
A suspensão da ministra será acompanhada de uma investigação para determinar as circunstâncias do sucedido, segundo o portal líbio Al Wasat, citado pela agência Europa Press.
A notícia da reunião, revelada pelo governo de Israel, gerou um coro de críticas de várias instituições líbias e fortes protestos que se aproximam da capital, Tripoli.
O governo de Israel anunciou que a reunião, que decorreu há uns dias em Itália, é um “passo histórico” nas relações entre os dois países.
O encontro foi entretanto confirmado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da líbia, que o descreveu como “informal”, e no qual a ministra “defendeu de maneira clara e inequívoca” a causa palestiniana.
O primeiro-ministro líbio espera receber os resultados da investigação no prazo de três dias. O ministro para a Juventude, Fatalá Abdul Latif Al Zani, irá ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros de forma provisória.
Israel ocupou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Posteriormente, anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.
Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza, e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina.