Arouca-P. Ferreira, 1-1 (crónica) - TVI

Arouca-P. Ferreira, 1-1 (crónica)

Ao ritmo de tango argentino

Relacionados

Arouca e Paços de Ferreira saíram do duelo da 25.ª jornada com um ponto, depois do empate (1-1) em casa dos arouquenses.

Num belo baile de futebol ao final desta tarde de sábado, as duas equipas só podem lamentar que o resultado não tenha sido ainda mais colorido, mas para a eternidade ficam as boas prestações dos dois lados e um ponto que, no final da época, poderá ser precioso nas respetivas aspirações.

O Arouca encurtou distâncias na luta europeia com o Vitória de Guimarães - que perdeu na Luz - enquanto o Paços fugiu ao Santa Clara na cauda da tabela.

FILME DO JOGO

A primeira parte mostrou logo como seria todo o jogo: aberto, com ocasiões para cada lado e disputado a ritmo intenso. Em suma, um bom e entretido jogo de futebol.

O Paços entrou por cima, sobretudo nos primeiros 10 minutos, altura em que César Peixoto sofreu a primeira contrariedade no jogo. Se Adrian Butzke já tinha ficado de fora por lesão, o seu substituto esta tarde, Alexandre Guedes, também se lesionou num choque com Thiago Rodrigues, que assumiu a baliza devido ao castigo de Arruabarrena, e teve de sair.

A partir de então, a equipa de Armando Evangelista reagiu e conquistou um penálti, quando se viu o primeiro vislumbre de génio. Alan Ruiz bailou sobre os defesas pacenses na área e foi derrubado em falta.

Na cobrança, João Basso, que até demorou a partir para a bola e parecia focado, desperdiçou. Talvez atrapalhado pela dança de Marafona em cima da linha de golo, o capitão arouquense disparou em força e acertou em cheio na barra.

O relógio marcava sensivelmente 20 minutos e Peixoto teve mais uma dor de cabeça: Paulo Bernardo, lesionado, deu lugar a Luiz Carlos.

Seguiram-se várias oprtunidades para os dois conjuntos, a primeira das quais por Rafa Mujica, a ameaçar através de um remate cruzado, após bom trabalho sobre um adversário, aos 27 minutos. O Paços respondeu cinco minutos depois, com Delgado a obrigar Thiago a uma boa defesa e, na compensação, dançou-se tango argentino.

De livre direto, Ruiz atirou a rasar o poste (42m) e Gaitán fez o mesmo na baliza contrária (45m), mas através de um potente remate do meio da rua.

Os pacenses voltaram do balneário com algum ascendente, mas a equipa da casa rapidamente reagiu e chegou ao golo, por Rafa Mujica, titular esta tarde, até porque Dabbagh está lesionado.

Ruiz foi mais uma vez decisivo. O argentino ex-Sporting disparou de fora da área, Marafona defendeu para a frente e o atacante espanhol apareceu de rompante para apontar o 13.º golo da temporada.

A toada intensa e dividida manteve-se, Mujica ainda atirou à trave quando ficou na cara do guardião pacense aos 68 minutos, mas foram os castores a chegar ao golo.

Em cima do último quarto de hora, Luiz Carlos rompeu pela direita, tirou o cruzamento e… lá estava ele. Aproveitando a indefinição entre Fábio Gomes e Thiago, Gaitán não perdeu tempo e atirou a contar, colocando justiça no marcador (ainda mais por ter sido ele o autor do golo).

Com o Paços a travar uma luta intensa pela permanência e o Arouca a espreitar as competições europeias, podia-se esperar que a reta final fosse mais ponderada e com mais receios do que vontade jogar para a frente. Foi totalmente ao contrário. As equipas voltaram à carga e foram em busca dos três pontos, mas nenhuma o conseguiu, mantendo a igualdade que, no fundo, assenta bem.

Continue a ler esta notícia

Relacionados