Ao fim de sete jornadas, o Estrela da Amadora somou a primeira vitória na Liga, após bater o Moreirense por 2-1, muito graças a uma primeira parte de grande qualidade e eficácia pela formação tricolor, agora orientada por José Faria.
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Tarde de sol, pouco vento e temperatura amena, ou seja, condições ideiais para a prática do «desporto rei». No Estádio José Gomes, apesar da situação em que a equipa se encontra, os adeptos do Estrela da Amadora responderam em bom número e a verdade é que o mesmo se pode dizer dos jogadores.
Isto porque bastou apenas um rasgo de qualidade de Jovane Cabral, para desbloquear o resultado. Com apenas dois minutos de jogo, o ex-Sporting descobriu a desmarcação de Leonel Bucca e numa jogada inteiramente construída pelas duas novidades no onze, os estrelistas adiantaram-se no marcador.
Excelente execução do camisola 26, que rematou de trivela, completamente fora do alcance de Kewin Silva. A partir daqui, a equipa da casa começou a gerir a vantagem, dando a bola ao adversário e apostando nos lances de contra-ataque.
Ora, galvanizado pelo primeiro golo, o Estrela da Amadora aplicou precisamente o método revelado acima, com uma das principais figuras da equipa em destaque. Após passe de Alan Ruiz, a desmarcação de Kikas foi perfeita e na cara de Kewin Silva, driblou sobre o guarda-redes e finalizou com classe para o 2-0.
Ao contrário do que aconteceu no momento do primeiro golo, a equipa da casa começou a ter mais bola, com o Moreirense a aproveitar algumas falhas defensivas do adversário para explorar as costas da defesa. Destaque para uma bela intervenção de Bruno Brígido após cabeceamento de Asué, que evitou o 2-1, antes do intervalo.
Para o segundo tempo, os treinadores não mexeram nas peças do xadrez e que o se assistiu foram alguns minutos de impasse, com pouca qualidade em termos de passe e muitos duelos entre os intervenientes.
Aos 57 minutos, um dos lances que podia ter mudado o rumo dos acontecimentos, já que o árbitro apontou para a marca dos onze metros, após um agarrão de Nilton Varela sobre um adversário dentro da área. Só que após uma longa espera, Miguel Fonseca acabou por assinalar fora de jogo a Maracás no momento ofensivo e o lance foi, por isso, anulado.
A entrada de Nani acabou por ser um dos focos de interesse do segundo tempo, já que dentro das quatro linhas, um jogo mais físico, com muitos duelos entre os atletas trouxe uma menor qualidade associada (ou pelo menos, parecia ser assim).
Pode ou não ser apontado como um erro da equipa técnica do Estrela, mas a verdade é que uma substituição num canto defensivo acabou por dar início ao primeiro golo do Moreirense. Na sequência da conversão do mesmo, um desvio levou a direção de Ismael, que ao segundo poste só teve de encostar para o 2-1.
Com algumas paragens e sobretudo o tempo de análise para o penálti não assinalado, 13 minutos foi o tempo de compensação para o segundo tempo. Até final, uma enorme confusão levou à expulsão de César Peixoto e ao anular do terceiro golo do Estrela, por falta de Paulo Moreira no início da jogada, que terminava com a finalização certeira de Rodrigo Pinho.
A Figura: Leonel Bucca, o melhor na redenção
Esteve em praticamente todo o lado, marcou o primeiro golo dos estrelistas após passe de Jovane Cabral e foi incansável para os adversários. Rendeu o experiente Nani no onze inicial e mostrou estar à altura do estatuto do companheiro de equipa, nomeadamente com uma primeira parte de bom nível.
O Momento: Estrela adianta-se no marcador aos dois minutos
Os adeptos esperavam uma resposta da equipa e durou muito pouco tempo até acontecer. Tudo começou com a qualidade individual de Jovane Cabral, que viu a desmarcação de Bucca e colocou-lhe a bola no espaço, sendo que o médio argentino finalizou com classe, para o 1-0.
Positivo: primeira parte de alta intensidade (e qualidade)
Provavelmente influenciados pelo golo madrugador de Bucca, os primeirs 45 minutos trouxeram muita emoção aos adeptos nas bancadas, algo que acabou por não se ver no segundo tempo. As duas equipas procuraram sempre chegar perto das respetivas balizas, ora com passes curtos e combinações, mas também com um jogo mais direto, à procura das costas da defesa adversária. O segundo tempo pecou um pouco nestes aspetos.