Sp. Braga-Estrela, 1-1 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Estrela, 1-1 (crónica)

Guerreiros montam o cerco, mas esqueceram-se de Kikas

A meio da eliminatória europeia com o Servette (3.ª pré-eliminatória da Liga Europa) o Sp. Braga voltou a não entrar bem na Liga, ao empatar (1-1) na pedreira frente ao Estrela na ronda inaugural do campeonato. El Ouazzi ainda colocou os arsenalistas em vantagem, mas Kikas assinou o empate a uma bola na reta final do encontro.

Dezoito anos depois o Estrela da Amadora volta a pontuar em Braga, estreando—se na presente edição do campeonato com seis caras novas no onze. A equipa agora orientada por Filipe Martins apostou no contra-ataque, resgatando um ponto após resistir à entrada forte e dominadora dos bracarenses na segunda metade.

Em ataque organizado, foi o conjunto de Daniel Sousa a assumir as rédeas do jogo e a ter momentos de domínio avassalador, obrigando o Estrela a sofrer junto da sua área. Foi num desses momentos que chegou ao golo, e à vantagem, com justiça. Mas, a exemplo do jogo com os suíços, voltou a mostrar momentos de dúvida e intranquilidade, acabando por ceder o empate.

Entretido com frisson de parte a parte

Rapidamente o Sp. Braga tratou de por o seu plano de jogo em marcha, montando o cerco à área do Estrela. Em parte, os arsenalistas conseguiram os seus intentos, sendo dominadores territorialmente, acabando por abrir brechas na organização defensiva de um Estrela em mutação.

Com uma nova face, em parte o plano do Estrela da Amadora de Filipe Martins acabou por encaixar no quadro que se traçava nas quatro linhas: a equipa tricolor organizava-se defensivamente para depois aproveitar o espaço e sair em ataque rápido, apanhando os arsenalistas em contrapé.

Em teoria os dois planos começaram por funcionar, na prática nenhum deu frutos. O Braga teve mais bola e esteve mais tempo no meio campo adversário. Viu Bruno Brígido fazer uma defesa apertada perto da meia hora de jogo, evitando o golo de Roger. Mas, antes disso, já André Luiz tinha estado na cara de Matheus; valeu uma grande intervenção do guarda-redes do Sp. Braga.

Intervalo volta a ser decisivo, mas por pouco tempo

Tal como aconteceu com o Servette o recato do balneário voltou a ser peça chave no Sp. Braga. A equipa apareceu para a segunda metade conseguindo impor, aí sim, de forma vincada e sem desequilíbrios a sua supremacia. Um pouco mais de intensidade nos duelos, um pouco mais de agressividade no ataque ao espaço e, sobretudo, mais velocidade de execução fizeram a diferença.

Numa altura em que o Estrela estava completamente estrangulado na sua área, numa jogada de insistência o Sp. Braga adiantou-se no marcador. Moutinho foi ao relvado evitar um contragolpe, mantendo os arsenalistas no ataque. Zalazar assina meio colo com um cruzamento tenso, sendo El Ouazzani a encostar.

Guerreiros na frente, de forma justificada e Ricardo Horta até esteve perto do segundo. Mas, a reta final do encontro voltou a mostrar um Estrela capaz de se esticar até ao ataque. Depois de assistir Nani – regressa ao futebol português cinco anos e meio depois – para um golo que viria a ser anulado, Kikas empatou mesmo o jogo com um golpe de cabeça.

Apesar do forcing nos instantes finais, com dez minutos de descontos para lá dos noventa, o Sp. Braga não conseguiu a faceta tantas vezes repetida na última época. Tentou o triunfo fora de hora, mas não conseguiu, sofrendo o primeiro golo da temporada ao quarto jogo oficial.

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