Arouca-V. Guimarães, 0-1 (crónica) - TVI

Arouca-V. Guimarães, 0-1 (crónica)

No regresso da Suíça, os «Conquistadores» reforçam a confiança e a expectativa

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A caminho do castelo, o Vitória de Guimarães trocou o «fresquinho» suíço pela brisa gelada da Freita. No intervalo europeu, os comandados de Rui Borges triunfaram, por 0-1, em Arouca.

Na noite desta segunda-feira, no encerramento da primeira jornada da Liga, o timoneiro dos «Conquistadores» apenas trocou Chuchu Ramírez por Nélson Oliveira no «onze», face à partida na qualificação para a Liga Conferência.

Do outro lado, o estreante Gonzalo García – uruguaio de 40 anos – manteve a estrutura de Daniel Sousa na última temporada, relegando Henrique Araújo – emprestado pelo Benfica – para o banco de suplentes. Por sua vez, Cristo González não constou da convocatória, por lesão.

Aquando do apito inicial, a bancada visitante estava já praticamente lotada e pintada em tons de branco, preto e laranja. De facto, passam os anos e há fatores que não mudam. No total, Municipal de Arouca recebeu quase 3400 adeptos, ora de branco, ora de amarelo e azul.

Recorde, aqui, toda a história da partida entre Arouca e Vitória.

O cronómetro cruzava o terceiro minuto quando, à esquerda, Samu anteviu a toada do primeiro tempo. Num remate cruzado, o reforço dos «Conquistadores» ameaçou inaugurar o marcado. Era o princípio da asfixia do «Lobo».

De linhas muito adiantas, os vimaranenses negavam as linhas de construção dos anfitriões, que se viram forçados a afastar o esférico de qualquer forma, na esperança de Jason e Sylla reterem a posse.

Numa dessas jogadas diretas, Sylla teve engenho para descobrir a rota da baliza. Ao nono minuto, mirou Bruno Varela, ainda fora da área, mas acabou travado pelo poste direito.

Na resposta, Nélson Oliveira aproveitou um momento infeliz de Weverson para faturar. Após cruzamento desferido pela esquerda, o lateral do Arouca perdeu-se entre toques. Atento e rápido, Kaio César «roubou» o esférico e serviu Oliveira.

O segundo golo do experiente ponta de lança, de 33 anos, nesta época foi brindado entre fumos, bandeiras, punhos cerrados e dezenas de cachecóis. Estava dado o «grito de guerra», ao cabo de 14 minutos.

Galvanizados, os comandados de Rui Borges reforçaram a pressão, aprimoraram as dinâmicas e ameaçaram o 0-2, ora por Kaio César, ora por Samu, ora por Nélson Oliveira.

Entretanto, o Arouca apenas foi capaz de delinear a resposta em cima da meia hora, de novo por Sylla. Todavia, era escasso para, apenas na companhia de Jason e David Simão – e quase sempre de longe – acertar com a baliza.

Em simultâneo, a chama era efémera, pois o sopro dos «Conquistadores» deixava os anfitriões desnorteados. Por exemplo, aos 31m, em resposta ao aparente crescimento dos «Lobos», Nélson Oliveira voltou a combinar com Kaio César. Mas, no coração da área e pronto a ferir, o brasileiro foi incapaz de transpor a muralha edificada por Mantl.

Até ao intervalo, os duelos tornaram-se agressivos, com Kaio César e Bruno Gaspar no «olho do furacão». Hábeis e capazes de irritar toda a linha defensiva, foram os principais visados. Em cima da pausa, Trezza – o ponta de lança titular no Arouca – surgiu no encontro, mas apenas para atingir Kaio César. Se considera a descrição exagerada, poderá rever todos os lances no nosso «ao minuto».

Não terá sido o melhor cartão de visita de Trezza, numa noite apagada e a léguas do brilho de Cristo e Mújica.

Consulte, aqui, os destaques deste jogo.

Ímpeto do «Lobo» terminou aos 82 minutos

No segundo tempo, a toada agressiva manteve-se, prejudicando o espetáculo. Frustrado, Gonzalo García exigia que os seus pupilos replicassem a pressão exercida pelo adversário. Mas, a esta alcateia faltam construtores credenciados, algo que Fukui – reforço japonês proveniente do Bayern Munique, de 20 anos – ainda não mostrou ser.

Em simultâneo, Pedro Santos e Jason acusaram, em excesso, a saudade da sociedade Cristo & Mújica.

Por isso, as perdas de bola em zona adiantada foram sucessivas e, naturalmente, acumularam-se os contra-ataques dos forasteiros.

Entre trocas, um novo erro defensivo soltou, de vez, a festa nas hostes vimaranenses. Aos 82m, Matías Rocha foi incapaz de controlar uma bola aérea, dominando o esférico com a mão e fazendo falta sobre Chuchu Ramírez. Por isso, naturalmente, viu o segundo amarelo.

E assim esmoreceram as esperanças do Arouca. Minutos antes – aos 70m – Gonzalo García havia lançado Henrique Araújo e reforçado o ataque. Todavia, tal «rombo» forçou o uruguaio a adaptar a estratégia, não mais encontrando a rota da baliza.

Ora, o triunfo permite ao Vitória juntar-se a FC Porto, Sporting, Santa Clara, Famalicão e Boavista no topo da tabela.

Na segunda jornada da Liga, o Arouca visitará o Moreirense na tarde de domingo (15h30). Mais tarde, às 18h, o Vitória de Guimarães receberá o Estoril.

Importa recordar que, na noite de quinta-feira (20h15), os «Conquistadores» receberão o Zurique, na segunda mão da 3.ª pré-eliminatória de acesso à Liga Conferência. Em vantagem por três golos, os vimaranenses já espreitam o play-off.

 

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