Rui Borges, treinador do Vitória, após a derrota por 1-0 diante do Santa Clara, no Estádio de São Miguel, Açores, a contar para a 11.ª jornada da Liga:
[Assistimos a uma partida, com um Vitória a acusar um pouco o cansaço?]
«Não me vou agarrar a isso do cansaço, não tão físico, mas mais mental, que pode levar a alguns desequilíbrios mentais durante o jogo, mas não me vou agarrar a isto. Boa partida só no aspeto da intensidade, pois no aspeto da qualidade foi pobre. Nós com alguma posse de bola, mas sem agressividade no último terço. O Santa Clara sempre uma equipa algo passiva, a procurar o nosso erro para sair em ataque rápido, que é como cria as situações de perigo ao longo do jogo. Uma equipa que quando era pressionada procurava sempre jogo longo, jogo direto, mais vertical, mais objetiva nesse sentido, mais fortes na primeira e segunda bola. Em contraste com o nosso jogo, em que fomos pouco proativos e mais reativos. Em termos da qualidade de jogo, não sinto que fosse um bom jogo das três equipas: muitas faltas, muito apito, jogou-se pouco tempo útil. O Santa Clara acabou por merecer mais a vitória, porque fez mais nesses momentos, foi mais vertical, ganhou duelos. Tem mais oportunidades no contra-ataque, têm sido fortes nesse aspeto, mérito do adversário, nós vamos seguir o nosso caminho.»
[O Vitória teve mais posse, o que faltou?]
«Faltou-nos agressividade no último terço para criar mais oportunidades clara de golo. A posse não indica nada: se tivermos bola e não formos agressivos. O Santa Clara foi mais objetivo, muito forte nos duelos, a sair no um para um, na largura. Faltou-nos esse jogo, o nosso jogo não é de transições, mas de posse, de circulação, de momento ofensivo, mas faltou-nos essa agressividade. O jogo foi muito quezilento, deixou-se andar muito no grito. Mérito do adversário que foi forte nos duelos e provou que queria mais que nós nesses duelos.»