V. Guimarães-Desp. Chaves, 2-1 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Desp. Chaves, 2-1 (crónica)

Safira, o diamante anti depressão no berço

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Dois longos meses depois o Vitória voltou a ser feliz, vencendo o Desp. Chaves (2-1). Mas, não se livrou do credo na boca. Cinco minutos depois dos noventa o conjunto de Moreno vencia pela margem mínima. Estaria encaminhado o triunfo, pensava-se. Num final de loucos, os transmontanos fizeram o empate cinco minutos para lá da hora.

Foi preciso um diamante de Safira, no lance imediatamente a seguir, a ser uma espécie de antidepressivo para este Vitória, que vinha de uma série de oito jogos sem vencer. Passa o testemunho ao conjunto flaviense, que voltou a perder depois de três empates, ficando agora com a série negativa de oito jogos sem conhecer o sabor do triunfo.

O final verdadeiramente estonteante esconde, ainda assim, um jogo que teve longe de deslumbrar. Em vários períodos erros de parte a parte foram recorrentes, numa toada em que o triunfo por uma bola a zero da equipa da casa ameaçava ser o resultado expectável.

Resposta tardia, depois do castigo máximo

Em longas séries sem vencer, foi o Vitória – a jogar no seu estádio – quem mais fez por quebrar o ciclo negativo, entrando de forma entusiasta no jogo. Arrancadas de Jota pelo corredor direito, entendimentos entre André Silva e Anderson Silva iam dando o domínio jogo à equipa de Moreno, que teve no meio campo um importante regresso: recuperado de lesão, Tiago Silva voltou a ser opção.

E foi precisamente o médio que abriu o marcador, aos dezoito minutos, ao converter um castigo máximo que o próprio sofreu. Um golo que se adivinhava, uma vez que, sem ligação em campo, o Desportivo de Chaves ficou à mercê do maior ímpeto ofensivo da equipa da casa. João Mendes, uma das novidades do onze transmontano, derrubou Tiago Silva, dando lugar ao penálti.

Nesta senda, foi preciso esperar até ao minuto 41 para se registar um remate do Desp. Chaves à baliza vimaranense. Uma reação tardia, mas intensa, fazendo o conjunto de Moreno passar por calafrios antes do intervalo. Bruno Varela com uma grande intervenção e Mikel Villanueva a substituir o guarda-redes na pequena área evitaram o empate.

Final alucinante. Safira entrou para resolver

Acabou por cima a equipa de Vítor Campelos, mantendo a toada na segunda parte. A subida de rendimento do conjunto de Trás-os-Montes teve proporcionalidade direta na quebra do conjunto da casa num filme já visto, com o Vitória a sentir muitas dificuldades com o papel de ter de gerir a vantagem no marcador.

Ameaçou o Chaves, provocou a dúvida no Estádio D, Afonso Henriques e a equipa do Vitória deixou-se embrulhar também ela em dúvidas, desperdiçando várias oportunidades para armar o contragolpe. O jogo arrastou-se neste limbo, com lances de perigo junto de ambas as áreas. Pertenceu a Dani Silva, com um remate ao ferro, a principal oportunidade desta etapa quando faltava um quarto de hora para o minuto noventa.

Até que os derradeiros minutos do jogo foram o que se sabe. Um golo do Chaves a ameaçar mais um empate – que seria o quarto consecutivo – foi anulado por Safira, que entrou nos descontos para ser um herói pouco provável. Um único toque na bola foi suficiente para assinar um bom golo e devolver os sorrisos ao berço. Golo de primeira, num longo suspiro.

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